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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Floresta emite mais gás carbônico
Pesquisadores do projeto Large Scale Biosphere-Atmosfere Experiment in Amazonia (LBA) descobriram que parte da floresta amazônica está provocando um desequilíbrio atmosférico, com mais emissão de gás carbônico do que oxigênio. O problema foi constatado em pesquisa realizada na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, na região oeste do Pará.
Os resultados alarmantes mostram que está se invertendo o ciclo natural de respiração da floresta, com mais emissão de gás carbônico que oxigênio. O ideal, segundo cientistas, seria que houvesse o equilíbrio na emissão dos dois gases naturais. As pesquisas geofísicas desenvolvidas na Flona do Tapajós apontam que durante o dia, a mata que em tese deveria absorver mais gás carbônico e liberar oxigênio, está fazendo justamente o contrário, emitindo alto teor de carbono.
O fenômeno verificado na Flona preocupa cientistas do mundo inteiro.Os resultados apontam a necessidade de se aprofundar as pesquisas na região para estudar as reações que as alterações climáticas em nível mundial podem provocar na Amazônia e qual o papel da floresta na manutenção do equilíbrio do ciclo de carbono. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), que fazem parte do projeto “Contexto Amazônico”, desenvolvido em parceria com o LBA e com a Universidade de São Paulo (USP), o governo federal e universidades americanas e européias, aprofundaram as pesquisas para saber as causas do problema.
O professor Elinei Santos, doutor em Física pela USP e coordenador do campus de Santarém da UFPA, coordena o projeto “Contexto Amazônico” em Santarém e analisa o problema. Segundo ele, deve-se analisar o contexto climatológico por que passou a Flona, considerando o fenômeno “El Niño” que acontece há dez anos. Este fenômeno de alteração climática, segundo Elinei, foi bem acentuado na região amazônica, principalmente na área da Flona do Tapajós. “A floresta sentiu um estresse muito grande por causa da forte estiagem da época”, explicou, acrescentando que, com esse fenômeno, várias espécies vegetais morreram.
A partir do momento que esse material orgânico foi se decompondo, segundo Elinei, aumentou a emissão de gás carbônico na atmosfera, provocando o desequilíbrio constatado na pesquisa. O LBA também aponta como causa esse material orgânico exalado das espécies vegetais mortas, que apodreceram. Baseado na pesquisa, Elinei aponta a necessidade de se analisar a região a longo prazo.
“Não dá para analisar a curto prazo a floresta amazônica e olhá-la localmente, você tem que analisá-la globalmente, como um complexo heterogêneo”, destaca Elinei, que aponta a ação do homem como responsável também pelo fenômeno. Ele alerta que esse desequilíbrio acontece porque a floresta é um sistema complexo e questões como o desmatamento descontrolado podem contribuir com o problema.
A cor verde da floresta, segundo o físico, absorve a luz solar formando uma espécie de filtro para o solo. Sem as árvores ou com a diminuição delas, tem-se uma refratividade aumentada, ou seja, a luz do sol vai bater na terra e voltar como se fosse um espelho. “Então isso vai alterar todo o clima. É o feed back que a floresta vai sofrer e ora ela pode absorver mais carbono ou emitir mais”, explicou.
O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com os Institutos Nacionais de Pesquisas na Amazônia (Inpa) e de Pesquisas Espaciais (Inpe), Centro de Meteorologia do Campus da UFPA de Belém e universidades americanas e européias, vêm subsidiando projetos de pesquisas dentro da floresta amazônica. O projeto LBA une cientistas em torno da missão de estudar o ciclo do carbono na floresta amazônica.
Fonte: Amazônia.org.br – 09/02/2005
Os resultados alarmantes mostram que está se invertendo o ciclo natural de respiração da floresta, com mais emissão de gás carbônico que oxigênio. O ideal, segundo cientistas, seria que houvesse o equilíbrio na emissão dos dois gases naturais. As pesquisas geofísicas desenvolvidas na Flona do Tapajós apontam que durante o dia, a mata que em tese deveria absorver mais gás carbônico e liberar oxigênio, está fazendo justamente o contrário, emitindo alto teor de carbono.
O fenômeno verificado na Flona preocupa cientistas do mundo inteiro.Os resultados apontam a necessidade de se aprofundar as pesquisas na região para estudar as reações que as alterações climáticas em nível mundial podem provocar na Amazônia e qual o papel da floresta na manutenção do equilíbrio do ciclo de carbono. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), que fazem parte do projeto “Contexto Amazônico”, desenvolvido em parceria com o LBA e com a Universidade de São Paulo (USP), o governo federal e universidades americanas e européias, aprofundaram as pesquisas para saber as causas do problema.
O professor Elinei Santos, doutor em Física pela USP e coordenador do campus de Santarém da UFPA, coordena o projeto “Contexto Amazônico” em Santarém e analisa o problema. Segundo ele, deve-se analisar o contexto climatológico por que passou a Flona, considerando o fenômeno “El Niño” que acontece há dez anos. Este fenômeno de alteração climática, segundo Elinei, foi bem acentuado na região amazônica, principalmente na área da Flona do Tapajós. “A floresta sentiu um estresse muito grande por causa da forte estiagem da época”, explicou, acrescentando que, com esse fenômeno, várias espécies vegetais morreram.
A partir do momento que esse material orgânico foi se decompondo, segundo Elinei, aumentou a emissão de gás carbônico na atmosfera, provocando o desequilíbrio constatado na pesquisa. O LBA também aponta como causa esse material orgânico exalado das espécies vegetais mortas, que apodreceram. Baseado na pesquisa, Elinei aponta a necessidade de se analisar a região a longo prazo.
“Não dá para analisar a curto prazo a floresta amazônica e olhá-la localmente, você tem que analisá-la globalmente, como um complexo heterogêneo”, destaca Elinei, que aponta a ação do homem como responsável também pelo fenômeno. Ele alerta que esse desequilíbrio acontece porque a floresta é um sistema complexo e questões como o desmatamento descontrolado podem contribuir com o problema.
A cor verde da floresta, segundo o físico, absorve a luz solar formando uma espécie de filtro para o solo. Sem as árvores ou com a diminuição delas, tem-se uma refratividade aumentada, ou seja, a luz do sol vai bater na terra e voltar como se fosse um espelho. “Então isso vai alterar todo o clima. É o feed back que a floresta vai sofrer e ora ela pode absorver mais carbono ou emitir mais”, explicou.
O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com os Institutos Nacionais de Pesquisas na Amazônia (Inpa) e de Pesquisas Espaciais (Inpe), Centro de Meteorologia do Campus da UFPA de Belém e universidades americanas e européias, vêm subsidiando projetos de pesquisas dentro da floresta amazônica. O projeto LBA une cientistas em torno da missão de estudar o ciclo do carbono na floresta amazônica.
Fonte: Amazônia.org.br – 09/02/2005
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