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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Paraíba terá Centro de Produção Industrial Sustentável
Nos próximos três anos, os empresários industriais consumidores de lenha na Paraíba terão um grande aliado na otimização de seus processos produtivos. O Centro de Produção Industrial Sustentável (Cepis), foi criado para educá-los a reduzir o uso da lenha como fonte energética.
Consequentemente diminuir os impactos negativos desta atividade no meio ambiente. O Centro é resultado de um acordo de cooperação técnica e científica entre o Sebrae/PB e a Secretaria para Assuntos Econômicos do governo suíço que será assinado nesta quarta-feira pelos dirigentes das duas instituições e do Sebrae Nacional na Embaixada da Suíça, em Brasília. O projeto é da ordem de R$ 3,5 milhões e terá o suporte técnico da Faculdade de Ciências Aplicadas da Basiléia (FHBB), instituição suíça de ampla experiência na área de Meio Ambiente.
Para o Sebrae/PB, que já trabalha com o conceito de fomento aos pequenos negócios sustentáveis, o principal objetivo da iniciativa é tornar os processos produtivos deste setor mais eficientes e limpos, minimizando o consumo de lenha nativa para fins energéticos pelas indústrias da Paraíba.
Vários segmentos produtivos serão atendidos, entre eles o de cerâmica vermelha (olarias), o de panificação e derivados da cana-de-açúcar (cachaça, rapadura e açúcar mascavo). As ações se darão a princípio pelo levantamento de empresas potencialmente beneficiárias do projeto em todo o Estado e depois pela difusão de tecnologia apropriada para otimizar os processos.
“As adequações deverão ser feitas após um diagnóstico de cada empresa atendida e os investimentos vão variar de acordo com as necessidades de cada uma delas”, complementou Antônio Felinto, coordenador da Unidade de Tecnologia do Sebrae/PB.
A Paraíba apresenta sérios problemas ambientais, com um índice de 71,82% de áreas relativamente afetadas pela desertificação. Cerca de 40% da energia utilizada na Paraíba é derivada da madeira. O baixo preço e a alternativa de renda para famílias nos períodos de seca contribuem para o desmatamento. Outro agravante é o número significativo de residências que ainda utilizam forno à lenha.
A indústria da cerâmica vermelha, produtora de tijolos e telhas, por exemplo, usa a madeira em larga escala nos seus processos produtivos, causando desmatamento sem uma ação de reflorestamento. Segundo Antônio Felinto, em média uma olaria utiliza 4 m³ de lenha para produzir um milheiro de tijolos. A idéia é reduzir essa proporção para 0,6 m³, gerando menor desperdício e menor devastação.
"A idéia é treinar consultores para visitar essas olarias e, junto com as pessoas que trabalham lá, mostrar as maneiras da melhor utilização da lenha ou de outros insumos energéticos. Isso vai possibilitar o aumento da produção e, principalmente, a diminuição de ações de devastação do meio ambiente", disse o consultor do Centro Cristiano Richers.
O Sebrae na Paraíba foi selecionado no início do ano pela Secretaria de Estado de Economia do Governo da Suíça para sediar no Nordeste, o Cepis, que terá sede em João Pessoa, a princípio dentro do prédio-sede do Sebrae, no Bairro dos Estados. Outras iniciativas semelhantes já existem em outros estados do País com outras denominações e parcerias, como centros difusores das práticas de produção mais limpa (P+L).
Fonte: Panorama Brasil – 20/01/2005
Consequentemente diminuir os impactos negativos desta atividade no meio ambiente. O Centro é resultado de um acordo de cooperação técnica e científica entre o Sebrae/PB e a Secretaria para Assuntos Econômicos do governo suíço que será assinado nesta quarta-feira pelos dirigentes das duas instituições e do Sebrae Nacional na Embaixada da Suíça, em Brasília. O projeto é da ordem de R$ 3,5 milhões e terá o suporte técnico da Faculdade de Ciências Aplicadas da Basiléia (FHBB), instituição suíça de ampla experiência na área de Meio Ambiente.
Para o Sebrae/PB, que já trabalha com o conceito de fomento aos pequenos negócios sustentáveis, o principal objetivo da iniciativa é tornar os processos produtivos deste setor mais eficientes e limpos, minimizando o consumo de lenha nativa para fins energéticos pelas indústrias da Paraíba.
Vários segmentos produtivos serão atendidos, entre eles o de cerâmica vermelha (olarias), o de panificação e derivados da cana-de-açúcar (cachaça, rapadura e açúcar mascavo). As ações se darão a princípio pelo levantamento de empresas potencialmente beneficiárias do projeto em todo o Estado e depois pela difusão de tecnologia apropriada para otimizar os processos.
“As adequações deverão ser feitas após um diagnóstico de cada empresa atendida e os investimentos vão variar de acordo com as necessidades de cada uma delas”, complementou Antônio Felinto, coordenador da Unidade de Tecnologia do Sebrae/PB.
A Paraíba apresenta sérios problemas ambientais, com um índice de 71,82% de áreas relativamente afetadas pela desertificação. Cerca de 40% da energia utilizada na Paraíba é derivada da madeira. O baixo preço e a alternativa de renda para famílias nos períodos de seca contribuem para o desmatamento. Outro agravante é o número significativo de residências que ainda utilizam forno à lenha.
A indústria da cerâmica vermelha, produtora de tijolos e telhas, por exemplo, usa a madeira em larga escala nos seus processos produtivos, causando desmatamento sem uma ação de reflorestamento. Segundo Antônio Felinto, em média uma olaria utiliza 4 m³ de lenha para produzir um milheiro de tijolos. A idéia é reduzir essa proporção para 0,6 m³, gerando menor desperdício e menor devastação.
"A idéia é treinar consultores para visitar essas olarias e, junto com as pessoas que trabalham lá, mostrar as maneiras da melhor utilização da lenha ou de outros insumos energéticos. Isso vai possibilitar o aumento da produção e, principalmente, a diminuição de ações de devastação do meio ambiente", disse o consultor do Centro Cristiano Richers.
O Sebrae na Paraíba foi selecionado no início do ano pela Secretaria de Estado de Economia do Governo da Suíça para sediar no Nordeste, o Cepis, que terá sede em João Pessoa, a princípio dentro do prédio-sede do Sebrae, no Bairro dos Estados. Outras iniciativas semelhantes já existem em outros estados do País com outras denominações e parcerias, como centros difusores das práticas de produção mais limpa (P+L).
Fonte: Panorama Brasil – 20/01/2005
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