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22
nov
2005
(GERAL)
Setor de embalagens termina 2004 no azul
O ano começou devagar, mas à medida que a economia foi se recuperando a indústria de embalagens ganhou impulso e terminou 2004 no azul, com crescimento de 1% no volume de produção de todo o setor, segundo a Associação Brasileira de Embalagens (Abre). Alguns segmentos, porém, tiveram melhor desempenho, como o de papelão ondulado, espécie de embalagem da embalagem, que cresceu em torno de 11,5% ante 2003, de acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

As previsões para 2005 são boas, de crescimento para todas as áreas, desde embalagens de madeira até às embalagens metálicas (aço e alumínio). "Estamos otimistas para 2005. Achamos que teremos um ano bem melhor do que este no mercado interno, todos os indicadores estão bons. E não teremos um primeiro semestre negativo como tivemos em 2004", previu o presidente da Abre, Fábio Mestriner. Segundo a entidade, a produção física deve crescer 3%, e o faturamento 5% sobre o do ano passado, que fechará em R$ 26 bilhões.

Os primeiros meses de 2004 foram ruins porque o mercado interno, maior consumidor das embalagens, estava retraído. Mas conforme a indústria de transformação crescia e puxava para cima empregos e salários, o consumo melhorou. E todo e qualquer produto tem de ser embalado, em alguns casos até duas vezes.

Além disso, houve um expressivo crescimento da agroindústria, o que demandou um volume bem maior de processamento da safra e também de embalagens. "É um setor novo para nós", lembrou Mestriner. Outro fator que ajudou o setor a crescer foi o aumento das exportações diretas de embalagens, uma vez que o Brasil se tornou participante do global sourcing. Ou seja, empresas do mundo todo fazem cotação com as indústrias daqui, que têm bons preços e boa qualidade. Em 2004 as exportações diretas subiram 10%, para US$ 300 milhões. E a expectativa para 2005 é de mais 10% de crescimento.

O Brasil está também exportando componentes, como adesivos, colas, rótulos e tampas, algo que começou há pouco tempo. O setor de embalagens plásticas, por exemplo, cresceu 6% em volume em 2004. Em faturamento, o crescimento foi de 20%, para R$ 5,5 bilhões. E a previsão da Abief, que representa o segmento, é de um aumento de igual proporção para 2005. "As negociações da Alca estão indo em frente. Com isso, a partir do ano que vem os acordos comerciais bilaterais começarão a chegar e as exportações finalmente virão para ficar", disse Sérgio Haberfeld, presidente da entidade e acionista da Dixie Toga, gigante do setor.

Mestriner cita todos os fatores econômicos descritos acima e acrescenta que a indústria de embalagens no Brasil consegue continuar a crescer porque é muito avançada tecnologicamente, no mesmo patamar do resto do mundo. "Das 20 maiores empresas mundiais, 18 estão presentes aqui", exemplificou Mestriner.

O setor de papelão ondulado fechará 2004 com crescimento entre 11,2% e 11,5%, para algo em torno de 2,09 milhões de toneladas, segundo o presidente da ABPO, Paulo Peres. "Apesar disso, ainda estamos abaixo de 2002, quando produzimos 2,144 milhões de toneladas. Mas este ano a produção de papelão ondulado acompanhará pelo menos o crescimento do PIB, chegando até a 5% de crescimento", afirmou.

A Tetra Pak, uma das gigantes do setor, experimentou um crescimento de 5% no volume de produção e de vendas em 2004, com uma demanda de 8,7 bilhões de embalagens nos mercados interno e externo. O crescimento foi muito bom, na opinião da diretora de comunicação da empresa, Carla Coelho, porque neste ano a matriz inaugurou uma unidade na China, um mercado que era abastecido pelas duas unidades brasileiras.

Fonte: Celulose Online – 05/01/2005

Fonte:

Jooble Neuvoo