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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Empresas temem apagão-florestal no Chile
Os futuros investimentos das empresas florestais Celulose Arauco e CMPC - pilares dos grupos Angelini e Matte, respectivamente - estão em risco devido à falta de novas plantações florestais. Assim alertam os executivos e analistas do setor, que pedem por mudanças nas leis de fomento às florestas com uso da silvicultura. Por conta disso, a corretora LarrainVial elaborou um relatório para a Copec, matriz da Arauco, empresa que gera mais de 70% dos ganhos do grupo.
O relatório mostra que, depois de Itata, a Arauco entraria em equilíbrio entre a massa florestal colhida e a plantada anualmente, o que somado à falta de recursos florestais para suportar uma nova expansão reduziria a taxa de crescimento de longo prazo da empresa. O documento diz ainda que a futura expansão da filial da Copec deveria ocorrer em setores hoje pouco desenvolvidos pela companhia, por conta das limitações observadas nos principais negócios.
O relatório não surpreendeu a companhia. O presidente da Copec, Felipe Lamarca, já havia mostrado preocupação com o assunto em meados deste ano. Hoje o Chile possui uma superfície plantada de 2,2 milhões de hectares. Segundo dados do diretor do Instituto Florestal (Infor), Roberto Ipinza, neste ano serão florestados até 40 mil hectares. Ipinza considera esta área insuficiente e prega o florestamento de 100 mil hectares por ano.
Entre 1980 e 1998, a plantação florestal da Arauco e da CMPC cresceu em média 8,4% por ano. Desde 2000 até hoje o ritmo se reduziu para 2,8%. Segundo a análise de uma classificadora de risco, a falta de florestas implicaria que tanto a Arauco como a CMPC estariam chegando a um nível de equilíbrio no Chile. Segundo um analista, isso significaria que, no futuro, os grupos terão que olhar para outros países, para seus investimentos, com os conseqüentes riscos que isso implica.
"A grande interrogação é o que vai acontecer com as grandes companhias florestais, considerando o atual palco", diz Juan Cristóbal Rodillo, analista da FIT. Por isso as companhias começaram a sair para outros países. Na província de Missiones, Argentina, a Arauco tem mais de 240 mil hectares de florestas. No Uruguai, outros 30 mil hectares.
O mesmo ocorre com a CMPC, que tem quase 100 mil hectares no nordeste de Argentina, dos quais 70 mil estão plantadas. E, no futuro, a empresa pretende desenvolver um projeto industrial nesse país. O presidente da CMPC, Eliodoro Matte, disse que uma solução para voltar a investir no Chile é modificar as normas de fomento florestal.
A Corporação da Madeira (Corma) afirma que a indústria consome 25 milhões de m³ por ano, cifra que em 2008 chegará a 35 milhões de m³ - que é a atual capacidade de crescimento florestal.
Não obstante, a Corma acha difícil que se volte ao ritmo dos anos 80 e 90. "Hoje o palco é diferente. Chegamos a uma situação de equilíbrio, produto da fase de maturidade que está atingindo a indústria florestal local", explica Rodillo.
Hoje as condições são outras. "O subsídio do DL-701, mais restritivo e de difícil acesso, somado ao conflito mapuche, criou incerteza e distorção dos preços, o que desmotiva o florestamento", agrega o analista. Antes, um hectare custava US$ 1.000 - $ 600 mil atuais - mas hoje se paga 50% a mais.
Fonte: Celulose Online – 13/10/2004
O relatório mostra que, depois de Itata, a Arauco entraria em equilíbrio entre a massa florestal colhida e a plantada anualmente, o que somado à falta de recursos florestais para suportar uma nova expansão reduziria a taxa de crescimento de longo prazo da empresa. O documento diz ainda que a futura expansão da filial da Copec deveria ocorrer em setores hoje pouco desenvolvidos pela companhia, por conta das limitações observadas nos principais negócios.
O relatório não surpreendeu a companhia. O presidente da Copec, Felipe Lamarca, já havia mostrado preocupação com o assunto em meados deste ano. Hoje o Chile possui uma superfície plantada de 2,2 milhões de hectares. Segundo dados do diretor do Instituto Florestal (Infor), Roberto Ipinza, neste ano serão florestados até 40 mil hectares. Ipinza considera esta área insuficiente e prega o florestamento de 100 mil hectares por ano.
Entre 1980 e 1998, a plantação florestal da Arauco e da CMPC cresceu em média 8,4% por ano. Desde 2000 até hoje o ritmo se reduziu para 2,8%. Segundo a análise de uma classificadora de risco, a falta de florestas implicaria que tanto a Arauco como a CMPC estariam chegando a um nível de equilíbrio no Chile. Segundo um analista, isso significaria que, no futuro, os grupos terão que olhar para outros países, para seus investimentos, com os conseqüentes riscos que isso implica.
"A grande interrogação é o que vai acontecer com as grandes companhias florestais, considerando o atual palco", diz Juan Cristóbal Rodillo, analista da FIT. Por isso as companhias começaram a sair para outros países. Na província de Missiones, Argentina, a Arauco tem mais de 240 mil hectares de florestas. No Uruguai, outros 30 mil hectares.
O mesmo ocorre com a CMPC, que tem quase 100 mil hectares no nordeste de Argentina, dos quais 70 mil estão plantadas. E, no futuro, a empresa pretende desenvolver um projeto industrial nesse país. O presidente da CMPC, Eliodoro Matte, disse que uma solução para voltar a investir no Chile é modificar as normas de fomento florestal.
A Corporação da Madeira (Corma) afirma que a indústria consome 25 milhões de m³ por ano, cifra que em 2008 chegará a 35 milhões de m³ - que é a atual capacidade de crescimento florestal.
Não obstante, a Corma acha difícil que se volte ao ritmo dos anos 80 e 90. "Hoje o palco é diferente. Chegamos a uma situação de equilíbrio, produto da fase de maturidade que está atingindo a indústria florestal local", explica Rodillo.
Hoje as condições são outras. "O subsídio do DL-701, mais restritivo e de difícil acesso, somado ao conflito mapuche, criou incerteza e distorção dos preços, o que desmotiva o florestamento", agrega o analista. Antes, um hectare custava US$ 1.000 - $ 600 mil atuais - mas hoje se paga 50% a mais.
Fonte: Celulose Online – 13/10/2004
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