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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
EUA seguirão como o maior vilão do efeito estufa
Os Estados Unidos rejeitaram antecipadamente qualquer discussão sobre o "pós-Kyoto" na conferência sobre mudança climática de Buenos Aires (Argentina), onde os europeus desejam debater maiores compromissos de redução da emissão de gases de efeito estufa após a expiração do protocolo em 2012. "É muito cedo para falar nisso", declarou o negociador americano Harlan Watson, um alto funcionário do Departamento de Estado, aos jornalistas europeus antes mesmo da reunião desta segunda-feira (6) na capital argentina para negociações da ONU - Organização das Nações Unidas sobre a mudança climática.
Watson lembrou que o governo de George W. Bush rejeitou o protocolo de Kyoto em março de 2001, alegando que sua aplicação era demasiado cara e que não obrigava os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa.
Para ser ratificado por Washington, capital norte-americana, um futuro tratado internacional sobre o tema deverá "não causar danos essenciais à economia americana e ser verdadeiramente mundial, isto quer dizer, envolver todos os países", disse Watson.
"A associação dos países em desenvolvimento (o processo mundial de redução de emissões) é claramente de grande importância para todos os países desenvolvidos", continuou o funcionário. "Mas temos que ser realistas, a prioridade número um dos países em desenvolvimento é a redução da pobreza", que levará a "um crescimento significativo do consumo de energia, em especial nos maiores destes países, com forte crescimento econômico, com a China e a Índia", acrescentou.
O uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), principal causador de emissões de gases de efeito estufa, "continuará formando o pilar do sistema de energia mundial, pelo menos boa parte do século XXI, ainda que seu preço aumente", avaliou. Watson lembrou que seu país defende "o aperfeiçoamento das tecnologias" associadas aos combustíveis fósseis" e "pelas tecnologias nucleares avançadas". "Acreditamos que estas atividades (de investigação e desenvolvimento tecnológico) constituirão a maneira de resolver a situação a longo prazo", disse.
"Continuar descartando que os países em desenvolvimento assumam compromissos rígidos (de redução de emissões) é pouco realista. É preferível comprometer estes países para que tomem medidas a curto prazo, compatíveis com seu desenvolvimento, utilizando estas novas tecnologias de energia, "antes de continuar com discussões sem fim (sobre futuros compromissos) que não conduzirão a nenhuma parte".
O protocolo de Kyoto, que entrará em vigor em 16 de fevereiro de 2005, mais de sete anos depois de sua assinatura, impõe a diferentes grupos de países metas diferenciadas de redução das emissões de gases, entre eles o CO2 (gás carbônico), para o ano 2012. Apenas os países industrializados são obrigados a cumpri-los. Os países em desenvolvimento só têm a obrigação de elaborar relatórios das quantidades emitidas.
A conferência de Buenos Aires, que acontece de 6 a 17 de dezembro e reune 180 países, faz parte do marco da Convenção da ONU sobre mudança climática, um primeiro acordo que entrou em vigor em 1994 e foi assinado pelos Estados Unidos. O Protocolo de Kyoto tornou mais rigorosas suas determinações.
Fonte: Ambiente Brasil – 07/12/2004
Watson lembrou que o governo de George W. Bush rejeitou o protocolo de Kyoto em março de 2001, alegando que sua aplicação era demasiado cara e que não obrigava os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa.
Para ser ratificado por Washington, capital norte-americana, um futuro tratado internacional sobre o tema deverá "não causar danos essenciais à economia americana e ser verdadeiramente mundial, isto quer dizer, envolver todos os países", disse Watson.
"A associação dos países em desenvolvimento (o processo mundial de redução de emissões) é claramente de grande importância para todos os países desenvolvidos", continuou o funcionário. "Mas temos que ser realistas, a prioridade número um dos países em desenvolvimento é a redução da pobreza", que levará a "um crescimento significativo do consumo de energia, em especial nos maiores destes países, com forte crescimento econômico, com a China e a Índia", acrescentou.
O uso de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), principal causador de emissões de gases de efeito estufa, "continuará formando o pilar do sistema de energia mundial, pelo menos boa parte do século XXI, ainda que seu preço aumente", avaliou. Watson lembrou que seu país defende "o aperfeiçoamento das tecnologias" associadas aos combustíveis fósseis" e "pelas tecnologias nucleares avançadas". "Acreditamos que estas atividades (de investigação e desenvolvimento tecnológico) constituirão a maneira de resolver a situação a longo prazo", disse.
"Continuar descartando que os países em desenvolvimento assumam compromissos rígidos (de redução de emissões) é pouco realista. É preferível comprometer estes países para que tomem medidas a curto prazo, compatíveis com seu desenvolvimento, utilizando estas novas tecnologias de energia, "antes de continuar com discussões sem fim (sobre futuros compromissos) que não conduzirão a nenhuma parte".
O protocolo de Kyoto, que entrará em vigor em 16 de fevereiro de 2005, mais de sete anos depois de sua assinatura, impõe a diferentes grupos de países metas diferenciadas de redução das emissões de gases, entre eles o CO2 (gás carbônico), para o ano 2012. Apenas os países industrializados são obrigados a cumpri-los. Os países em desenvolvimento só têm a obrigação de elaborar relatórios das quantidades emitidas.
A conferência de Buenos Aires, que acontece de 6 a 17 de dezembro e reune 180 países, faz parte do marco da Convenção da ONU sobre mudança climática, um primeiro acordo que entrou em vigor em 1994 e foi assinado pelos Estados Unidos. O Protocolo de Kyoto tornou mais rigorosas suas determinações.
Fonte: Ambiente Brasil – 07/12/2004
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