Voltar
Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Papel: A outra fatia dos suprimentos
Atrelada ao mundo das impressoras, a área de papéis começa a explorar as oportunidades desse universo formado por quase 8 milhões de máquinas, no Brasil. Os fornecedores desse tipo de suprimento investem no reforço das linhas tradicionais com o lançamento de papéis para diferentes aplicações.
Em particular, a partir deste ano, as ofertas de papéis fotográficos se multiplicaram, estimuladas pelo aumento das vendas de câmeras digitais que, no Natal passado, foram os itens mais comercializados depois dos celulares. Da mesma forma, o crescente volume de fotos digitais a serem guardadas repercutiu favoravelmente no segmento de mídias de armazenamento.
O usuário vem consumindo mais, de modo a ampliar o espaço para arquivos de fotos, e também de dados, música, jogos, entre outras aplicações. Em função disso, os novos micros chegam ao mercado com discos rígidos cada vez mais poderosos. Outro reflexo desse movimento é o aumento na venda de unidades externas de discos rígidos.
Apesar de considerados ainda caros para os padrões brasileiros, os modelos externos começam a despontar como alternativa para não sobrecarregar o PC de usuários de câmeras digitais e para os donos de notebooks (em viagens, por exemplo, carregariam apenas o HDD).
Para este ano, a previsão é que haja um aumento de consumo de papel em relação ao volume comercializado no ano passado. A razão mais forte é a melhor da economia, se comparada ao exercício anterior, afirmam os fabricantes do setor.
“Além disso, hoje, está mais fácil trabalhar com imagens. A qualidade de impressão melhorou muito, os preços vão caindo, permitindo que mais pessoas comprem impressoras, os micros estão mais rápidos e com memória maior facilitando baixar imagens da internet e trocar imagens via e-mail, ficou mais fácil tirar e manipular fotos digitais”, afirma o executivo.
“Dessa forma, a pessoa se acostuma à imagem no computador e chega o momento de imprimir. Conseqüentemente, o papel tem que ate der melhor a essa tendência de uso da cor”, analisa Arthur Almeida Prado de Assumpção, gerente de marketing da divisão de produtos de consumo da Ripasa, um dos quatro maiores fabricantes de papel do Brasil, ao lado da lnternational Paper, da Suzano Papel e Celulose e da VCP (Votorantim Celulose e Papel).
Em 2003, o Brasil produziu 7,9 milhões de toneladas de papel, dos quais 2,21 milhões de toneladas são de papel para imprimir, de acordo com dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). A expectativa é o segmento repetir a média de crescimento de 6%, neste ano. O papel multiuso, aquele comum encontrado em qualquer impressora ou copiadora, responde pela maior parte da produção e o fornecimento está concentrado nos quatro grandes.
Os papéis denominados especiais representam uma parcela ainda muito pequena do mercado, mas que oferece uma boa margem de lucro. Também oferece a oportunidade de participação de novos players. Fornecedores de suprimentos, como cartuchos de tinta e toner, decidiram ampliar a cesta de produtos lançando as próprias marcas de papéis especiais, como a Maxprint (do grupo Rio Branco) a PrintLife (ligada à distribuidora OfficeMaster) e a Leadership.
De outro lado, a expansão do mercado brasileiro de micros, prevista para este ano, também deverá ajudar no aumento do consumo interno de papéis e de mídias de armazenamento. As estatísticas variam. A última pesquisa do Gartner sobre as vendas de PCs na América Latina, divulgada em setembro, indica que o Brasil deverá movimentar 4,9 milhões de equipamentos, ante os 3,9 milhões do ano anterior.
Alguns fabricantes citam o levantamento da IDC Brasil, que apontaria para um volume de 3,5 milhões de PCs (contra 3,1 milhões, em 2003). A venda de micros é um bom parâmetro porque cada equipamento conta com uma unidade de disco rígido. “Ao total de micros deve-se acrescentar de 10% a 12%, representados pelo mercado de reposição de HDDs”, salienta Julio Rim, gerente de produto HDD da Samsung. A estimativa não inclui as unidades externas.
Discos em pauta
O principal mercado de discos rígidos é formado por integradores de micros e isso não vai mudar. Contudo, o setor começa a sentir os efeitos das mudanças de hábito dos consumidores promovidas pelo uso intensivo da internet, pelo advento das câmeras digitais, pela chegada ao mercado dos celulares com câmeras digitais, pela expansão das redes sem fio e por outros tantos avanços tecnológicos. Além de investir em discos de maior cap e tecnologia mais refinada, os fornecedores se preparam para atender o varejo, um público ao qual a maioria dos fabricantes não está muito acostumada a lidar.
No Brasil, os fornecedores reconhecem a tendência, mas sem grande expectativa de vendas a curto prazo. A Hitech, representante local da Western Digital, acredita que as vendas dos modelos externos comecem a ter alguma participação na receita a partir do próximo ano. “É um mercado muito novo no Brasil, que vai crescer”, acredita Caroline Jabur, diretora comercial da área de componentes da Hitech. Um dos modelos mais recentes da empresa é a Central de Mídia que combina disco rígido externo, leitor de cartões de memória (aceita a maioria disponível no mercado), hub com duas portas USB 2.0 e capacidade para armazenar 250 GB.
Localmente, o produto custa em torno de R$ 1,8 mil. A Western Digital oferece outros quatro modelos externos, com preços a partir de R$ 800. O alvo são os chamados heaviers users domésticos, e o oposto deles os — sem micro. Outro segmento que a Hitech recomenda trabalhar é o corporativo, de modo que o profissional carrega o disco, e não o notebook. Atualmente, SND, lntcomex, BelI Microproducts e Ingram Micro são os distribuidores da marca no país.
No megalançamento anunciado em meados do ano, com 12 produtos, a Seagate incluiu discos direcionados ao varejo, entre os quais, modelos externos. Segundo Alexandre Cidade, gerente do programa de parcerias da empresa para o Mercosul, nos Estados Unidos as vendas estão decolando. Até dezembro, a empresa decide se vai ou não lançar os modelos de varejo para o mercado brasileiro.
São vários fatores a serem avaliados, como localização do produto, estrutura de atendimento ao consumidor final e a necessidade de trabalhar com distribuidores mais voltados ao varejo, enumera Cidade. De acordo com o executivo, o canal de distribuição tradicional (Alcateia, BelI e SND) vai comercializar um dos modelos externos, o Compact Flash Hard Drive de 5 GB com uma polegada.
Embora tenha modelos externos, a Samsung não planeja vendê-los no mercado brasileiro por ora. “A demanda ainda é muito pequena”, justifica Julio Rim, gerente de produto HDD da empresa, a única entre os fabricantes a produzir localmente a linha que vende no Brasil e que calcula deter o equivalente a 30% do mercado brasileiro de micros. O canal de comercialização da marca é formado por 15 distribuidores, que atendem revendas e pequenos integradores (montam menos de 100 máquinas por mês).
A Iomega trabalha há mais tempo com opções externas. Sua linha de discos mais antiga é a ZIP que, no ano passado, vendeu 50 milhões de drives e 315 milhões de discos, no mundo, destaca Hernán Moreno, gerente de vendas e marketing da empresa para o Mercosul. A linha REV de drives e discos foi lançada há quatro meses. É uma solução portátil de grande capacidade, tem modelos de 35 e 90 GB. “Foram projetadas para oferecer durabilidade em estoque estimada em 30 anos”, assegura Moreno. As duas linhas são distribuídas pela ControleNet e pela Promarcas. A SND comercializa apenas a linha REV.
A linha tradicional de discos rígidos é vasta. Hoje, começa em modelos de 40 GB e pode se estender a opções de 500 GB. “Do ponto de vista tecnológico, uma das tendências que temos observado é uma certa morosidade no aumento das capacidades. Nos últimos anos, a indústria tem dobrado a capacidade da densidade de área dos discos rígidos a cada nove meses”, afirma o executivo.
“Hoje, os desafios técnicos para continuar nesse ritmo aumentaram significativamente. Como resultado, a taxa de crescimento da densidade de área diminuiu, passando a dobrar a cada 24 a 30 meses, o que significa menos lançamentos de discos rígidos por ano”, explica John Vossoughi, vice-presidente de vendas para a América Latina da Maxtor. No Brasil, a BelI e a lntcomex são parceiros de distribuição.
Papéis em dobro
Embora as estrelas da área de suprimentos continuem a ser os cartuchos de tinta e toner, os papéis representam a peça de resistência em impressão. No ano passado, foi vendido 1,7 milhão de impressoras, no Brasil. A previsão é que o volume anual dobre até 2007, e portanto, eleve o consumo de papel no mercado interno.
O papel mais vendido é o branco com gramatura de 75 gramas, cuja produção está concentrada em quatro grandes fabricantes — International Paper (Chamex e HP), Ripasa (Ripax), Suzano (Report) e VCP (Copimax). Podem ser usados em impressoras a jato de tinta e laser. Na linha multiuso, a variedade oferecida é grande. Só a Ripasa conta, atuaImen te, com 100 itens em linha. Há cinco anos eram 20, lembra Arthur Almeida Prado de Assumpção, gerente de marketing da divisão de produtos de consumo da empresa.
Mais recentemente os fornecedores lançaram linhas especiais de papéis, voltadas para impressões de qualidade mais apurada. A maioria para impressões coloridas usando inkjet. Mas começam a aparecer linhas para laser colorida. Em setembro, a Suzano anunciou a Linha Report Special, cujo desenvolvimento e ações de marketing consumiram R$ 1,5 milhão em investimento, ressalta André de Marco, gerente de produtos linha cut size não revestidos da empresa. A linha tem três produtos: o Color Copy (de alta resolução colorida, destinado a impressoras a laser); o Premium lnkjet (com acabamento fosco); e o Photo Quality.
No mesmo período, a Ripasa lançou o Ripax 90 gramas — University, com folhas de quatro furos, preparadas para serem colocadas em fichários depois de impressas. O fabricante anunciou, ainda, que até o final do ano inicia a venda de uma linha específica para impressoras a laser que usam cores.
Na linha especial, a VCP destaca o Copier lnkjet Arte de 100 gramas com resolução fotográfica. “Para ser papel fotográfico teria que ter pelo menos 200 gramas”, ensina Murillo Pellizzon, consultor de produto e marketing divisão de produtos de consumo da empresa. O produto é recomendado para uso em agências de publicidade, birôs de impressão, laboratórios de imagens médicas, que precisam de imagens com alta resolução.
As linhas especiais de papéis foram reforçadas por fornecedores de suprimentos, que decidiram lançar marca própria e ocupar o vácuo deixado pelos fabricantes tradicionais. A Leadership estreou nesse mercado há cerca de um ano, com a linha Kelpex. Hoje, oferece 25 itens. Entre os mais recentes, está o kit quebra-cabeça (uma base A4 pré-cortada e papel transfer no qual o usuário imprime o que quiser), que chega ao mercado mediante acordo com a fabricante suíça Folex, informa Rafael Montello, gerente de marketing da Leadership.
A Maxprint decidiu disputar esse mercado há dois anos para complementar a linha de suprimentos. “Os papéis especiais são produtos de nicho, em que não se fala em toneladas, mas em valor agregado”, explica Vitor Paulo de Andrade, presidente da empresa. Segundo o executivo, a venda dos papéis especiais representa algo em torno dos 4% do faturamento total da empresa que, no ano passado, foi de R$ 92,4 milhões. A previsão para 2004 é atingir R$ 150,4 milhões. A linha conta com 56 itens, entre texturizados, glossy, fotográfico e etiquetas auto-adesivas, enumera Elien Rosa, gerente de marketing da Maxprint.
A Printlife, que começou a operar no mercado de suprimentos há três anos, entrou com a linha de papéis há um ano, oferecendo bobina de fax e formulários contínuos, entre outros artigos. De acordo com Joyce Santana, diretora de marketing da empresa, a previsão é estrear na área de papéis especiais, com o lançamento no final do ano da linha fotográfica. Segundo Montello, da Leadership, os papéis fotográficos respondem por 40% do volume de papéis vendido pela empresa a cada mês.
Em agosto, foram comercializadas 14,2 mil embalagens (com dez folhas cada). Há um ano, a média era de 4,6 mil embalagens. Na área de papéis fotográficos, a Ripasa tem duas opções: uma top de linha com 260 gramas; e outra de 120 gramas direcionada para uso profissional, como seguradoras e em relatórios de exames de imagem como ultrassonografias. A VCP ainda não tem oferta para esse segmento. “Mas estamos estudando o público de câmeras digitais, independentemente se vamos lançar produto ou não”, garante Pellizzon.
Entre os fabricantes tradicionais de papéis prevalece a política de nomear distribuidores exclusivos, que atendem o varejo (revendas, papelarias, supermercados) e o mercado corporativo. Além da própria operação de distribuição, a Rilisa, a Ripasa trabalha com uma rede de 80 distribuidores. “Nosso principal diferencial é a linha de produtos, uma das mais amplas do mercado”, garante Assumpção. A Suzano, que conta com programa de fidelização para revendedores, mantém uma rede com 70 distribuidores. O canal da VCP tem 50 distribuidores, do qual a fabricante espera capacidade de prover serviços, um bom mix de produtos, prazo de entrega, preço e pagamento adequados.
A International Paper trabalha com 80 distribuidores. No Brasil, a empresa faturou US$ 540 milhões, em 2003, volume que representa cerca de 2% da receita global do grupo, salienta Armando Santiago, vice-presidente da divisão de imprimir e escrever da subsidiária. Já a Leadership atende diretamente ao varejo e grandes revendas, através de 160 representantes. Os distribuidores abastecem as revendas menores. Também a Printlife atende direto, com representantes e por telemarketing. A Maxprint escoa seus produtos via a distribuidora Rio Branco.
Fonte: Celulose Online – 30/11/2004
Em particular, a partir deste ano, as ofertas de papéis fotográficos se multiplicaram, estimuladas pelo aumento das vendas de câmeras digitais que, no Natal passado, foram os itens mais comercializados depois dos celulares. Da mesma forma, o crescente volume de fotos digitais a serem guardadas repercutiu favoravelmente no segmento de mídias de armazenamento.
O usuário vem consumindo mais, de modo a ampliar o espaço para arquivos de fotos, e também de dados, música, jogos, entre outras aplicações. Em função disso, os novos micros chegam ao mercado com discos rígidos cada vez mais poderosos. Outro reflexo desse movimento é o aumento na venda de unidades externas de discos rígidos.
Apesar de considerados ainda caros para os padrões brasileiros, os modelos externos começam a despontar como alternativa para não sobrecarregar o PC de usuários de câmeras digitais e para os donos de notebooks (em viagens, por exemplo, carregariam apenas o HDD).
Para este ano, a previsão é que haja um aumento de consumo de papel em relação ao volume comercializado no ano passado. A razão mais forte é a melhor da economia, se comparada ao exercício anterior, afirmam os fabricantes do setor.
“Além disso, hoje, está mais fácil trabalhar com imagens. A qualidade de impressão melhorou muito, os preços vão caindo, permitindo que mais pessoas comprem impressoras, os micros estão mais rápidos e com memória maior facilitando baixar imagens da internet e trocar imagens via e-mail, ficou mais fácil tirar e manipular fotos digitais”, afirma o executivo.
“Dessa forma, a pessoa se acostuma à imagem no computador e chega o momento de imprimir. Conseqüentemente, o papel tem que ate der melhor a essa tendência de uso da cor”, analisa Arthur Almeida Prado de Assumpção, gerente de marketing da divisão de produtos de consumo da Ripasa, um dos quatro maiores fabricantes de papel do Brasil, ao lado da lnternational Paper, da Suzano Papel e Celulose e da VCP (Votorantim Celulose e Papel).
Em 2003, o Brasil produziu 7,9 milhões de toneladas de papel, dos quais 2,21 milhões de toneladas são de papel para imprimir, de acordo com dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). A expectativa é o segmento repetir a média de crescimento de 6%, neste ano. O papel multiuso, aquele comum encontrado em qualquer impressora ou copiadora, responde pela maior parte da produção e o fornecimento está concentrado nos quatro grandes.
Os papéis denominados especiais representam uma parcela ainda muito pequena do mercado, mas que oferece uma boa margem de lucro. Também oferece a oportunidade de participação de novos players. Fornecedores de suprimentos, como cartuchos de tinta e toner, decidiram ampliar a cesta de produtos lançando as próprias marcas de papéis especiais, como a Maxprint (do grupo Rio Branco) a PrintLife (ligada à distribuidora OfficeMaster) e a Leadership.
De outro lado, a expansão do mercado brasileiro de micros, prevista para este ano, também deverá ajudar no aumento do consumo interno de papéis e de mídias de armazenamento. As estatísticas variam. A última pesquisa do Gartner sobre as vendas de PCs na América Latina, divulgada em setembro, indica que o Brasil deverá movimentar 4,9 milhões de equipamentos, ante os 3,9 milhões do ano anterior.
Alguns fabricantes citam o levantamento da IDC Brasil, que apontaria para um volume de 3,5 milhões de PCs (contra 3,1 milhões, em 2003). A venda de micros é um bom parâmetro porque cada equipamento conta com uma unidade de disco rígido. “Ao total de micros deve-se acrescentar de 10% a 12%, representados pelo mercado de reposição de HDDs”, salienta Julio Rim, gerente de produto HDD da Samsung. A estimativa não inclui as unidades externas.
Discos em pauta
O principal mercado de discos rígidos é formado por integradores de micros e isso não vai mudar. Contudo, o setor começa a sentir os efeitos das mudanças de hábito dos consumidores promovidas pelo uso intensivo da internet, pelo advento das câmeras digitais, pela chegada ao mercado dos celulares com câmeras digitais, pela expansão das redes sem fio e por outros tantos avanços tecnológicos. Além de investir em discos de maior cap e tecnologia mais refinada, os fornecedores se preparam para atender o varejo, um público ao qual a maioria dos fabricantes não está muito acostumada a lidar.
No Brasil, os fornecedores reconhecem a tendência, mas sem grande expectativa de vendas a curto prazo. A Hitech, representante local da Western Digital, acredita que as vendas dos modelos externos comecem a ter alguma participação na receita a partir do próximo ano. “É um mercado muito novo no Brasil, que vai crescer”, acredita Caroline Jabur, diretora comercial da área de componentes da Hitech. Um dos modelos mais recentes da empresa é a Central de Mídia que combina disco rígido externo, leitor de cartões de memória (aceita a maioria disponível no mercado), hub com duas portas USB 2.0 e capacidade para armazenar 250 GB.
Localmente, o produto custa em torno de R$ 1,8 mil. A Western Digital oferece outros quatro modelos externos, com preços a partir de R$ 800. O alvo são os chamados heaviers users domésticos, e o oposto deles os — sem micro. Outro segmento que a Hitech recomenda trabalhar é o corporativo, de modo que o profissional carrega o disco, e não o notebook. Atualmente, SND, lntcomex, BelI Microproducts e Ingram Micro são os distribuidores da marca no país.
No megalançamento anunciado em meados do ano, com 12 produtos, a Seagate incluiu discos direcionados ao varejo, entre os quais, modelos externos. Segundo Alexandre Cidade, gerente do programa de parcerias da empresa para o Mercosul, nos Estados Unidos as vendas estão decolando. Até dezembro, a empresa decide se vai ou não lançar os modelos de varejo para o mercado brasileiro.
São vários fatores a serem avaliados, como localização do produto, estrutura de atendimento ao consumidor final e a necessidade de trabalhar com distribuidores mais voltados ao varejo, enumera Cidade. De acordo com o executivo, o canal de distribuição tradicional (Alcateia, BelI e SND) vai comercializar um dos modelos externos, o Compact Flash Hard Drive de 5 GB com uma polegada.
Embora tenha modelos externos, a Samsung não planeja vendê-los no mercado brasileiro por ora. “A demanda ainda é muito pequena”, justifica Julio Rim, gerente de produto HDD da empresa, a única entre os fabricantes a produzir localmente a linha que vende no Brasil e que calcula deter o equivalente a 30% do mercado brasileiro de micros. O canal de comercialização da marca é formado por 15 distribuidores, que atendem revendas e pequenos integradores (montam menos de 100 máquinas por mês).
A Iomega trabalha há mais tempo com opções externas. Sua linha de discos mais antiga é a ZIP que, no ano passado, vendeu 50 milhões de drives e 315 milhões de discos, no mundo, destaca Hernán Moreno, gerente de vendas e marketing da empresa para o Mercosul. A linha REV de drives e discos foi lançada há quatro meses. É uma solução portátil de grande capacidade, tem modelos de 35 e 90 GB. “Foram projetadas para oferecer durabilidade em estoque estimada em 30 anos”, assegura Moreno. As duas linhas são distribuídas pela ControleNet e pela Promarcas. A SND comercializa apenas a linha REV.
A linha tradicional de discos rígidos é vasta. Hoje, começa em modelos de 40 GB e pode se estender a opções de 500 GB. “Do ponto de vista tecnológico, uma das tendências que temos observado é uma certa morosidade no aumento das capacidades. Nos últimos anos, a indústria tem dobrado a capacidade da densidade de área dos discos rígidos a cada nove meses”, afirma o executivo.
“Hoje, os desafios técnicos para continuar nesse ritmo aumentaram significativamente. Como resultado, a taxa de crescimento da densidade de área diminuiu, passando a dobrar a cada 24 a 30 meses, o que significa menos lançamentos de discos rígidos por ano”, explica John Vossoughi, vice-presidente de vendas para a América Latina da Maxtor. No Brasil, a BelI e a lntcomex são parceiros de distribuição.
Papéis em dobro
Embora as estrelas da área de suprimentos continuem a ser os cartuchos de tinta e toner, os papéis representam a peça de resistência em impressão. No ano passado, foi vendido 1,7 milhão de impressoras, no Brasil. A previsão é que o volume anual dobre até 2007, e portanto, eleve o consumo de papel no mercado interno.
O papel mais vendido é o branco com gramatura de 75 gramas, cuja produção está concentrada em quatro grandes fabricantes — International Paper (Chamex e HP), Ripasa (Ripax), Suzano (Report) e VCP (Copimax). Podem ser usados em impressoras a jato de tinta e laser. Na linha multiuso, a variedade oferecida é grande. Só a Ripasa conta, atuaImen te, com 100 itens em linha. Há cinco anos eram 20, lembra Arthur Almeida Prado de Assumpção, gerente de marketing da divisão de produtos de consumo da empresa.
Mais recentemente os fornecedores lançaram linhas especiais de papéis, voltadas para impressões de qualidade mais apurada. A maioria para impressões coloridas usando inkjet. Mas começam a aparecer linhas para laser colorida. Em setembro, a Suzano anunciou a Linha Report Special, cujo desenvolvimento e ações de marketing consumiram R$ 1,5 milhão em investimento, ressalta André de Marco, gerente de produtos linha cut size não revestidos da empresa. A linha tem três produtos: o Color Copy (de alta resolução colorida, destinado a impressoras a laser); o Premium lnkjet (com acabamento fosco); e o Photo Quality.
No mesmo período, a Ripasa lançou o Ripax 90 gramas — University, com folhas de quatro furos, preparadas para serem colocadas em fichários depois de impressas. O fabricante anunciou, ainda, que até o final do ano inicia a venda de uma linha específica para impressoras a laser que usam cores.
Na linha especial, a VCP destaca o Copier lnkjet Arte de 100 gramas com resolução fotográfica. “Para ser papel fotográfico teria que ter pelo menos 200 gramas”, ensina Murillo Pellizzon, consultor de produto e marketing divisão de produtos de consumo da empresa. O produto é recomendado para uso em agências de publicidade, birôs de impressão, laboratórios de imagens médicas, que precisam de imagens com alta resolução.
As linhas especiais de papéis foram reforçadas por fornecedores de suprimentos, que decidiram lançar marca própria e ocupar o vácuo deixado pelos fabricantes tradicionais. A Leadership estreou nesse mercado há cerca de um ano, com a linha Kelpex. Hoje, oferece 25 itens. Entre os mais recentes, está o kit quebra-cabeça (uma base A4 pré-cortada e papel transfer no qual o usuário imprime o que quiser), que chega ao mercado mediante acordo com a fabricante suíça Folex, informa Rafael Montello, gerente de marketing da Leadership.
A Maxprint decidiu disputar esse mercado há dois anos para complementar a linha de suprimentos. “Os papéis especiais são produtos de nicho, em que não se fala em toneladas, mas em valor agregado”, explica Vitor Paulo de Andrade, presidente da empresa. Segundo o executivo, a venda dos papéis especiais representa algo em torno dos 4% do faturamento total da empresa que, no ano passado, foi de R$ 92,4 milhões. A previsão para 2004 é atingir R$ 150,4 milhões. A linha conta com 56 itens, entre texturizados, glossy, fotográfico e etiquetas auto-adesivas, enumera Elien Rosa, gerente de marketing da Maxprint.
A Printlife, que começou a operar no mercado de suprimentos há três anos, entrou com a linha de papéis há um ano, oferecendo bobina de fax e formulários contínuos, entre outros artigos. De acordo com Joyce Santana, diretora de marketing da empresa, a previsão é estrear na área de papéis especiais, com o lançamento no final do ano da linha fotográfica. Segundo Montello, da Leadership, os papéis fotográficos respondem por 40% do volume de papéis vendido pela empresa a cada mês.
Em agosto, foram comercializadas 14,2 mil embalagens (com dez folhas cada). Há um ano, a média era de 4,6 mil embalagens. Na área de papéis fotográficos, a Ripasa tem duas opções: uma top de linha com 260 gramas; e outra de 120 gramas direcionada para uso profissional, como seguradoras e em relatórios de exames de imagem como ultrassonografias. A VCP ainda não tem oferta para esse segmento. “Mas estamos estudando o público de câmeras digitais, independentemente se vamos lançar produto ou não”, garante Pellizzon.
Entre os fabricantes tradicionais de papéis prevalece a política de nomear distribuidores exclusivos, que atendem o varejo (revendas, papelarias, supermercados) e o mercado corporativo. Além da própria operação de distribuição, a Rilisa, a Ripasa trabalha com uma rede de 80 distribuidores. “Nosso principal diferencial é a linha de produtos, uma das mais amplas do mercado”, garante Assumpção. A Suzano, que conta com programa de fidelização para revendedores, mantém uma rede com 70 distribuidores. O canal da VCP tem 50 distribuidores, do qual a fabricante espera capacidade de prover serviços, um bom mix de produtos, prazo de entrega, preço e pagamento adequados.
A International Paper trabalha com 80 distribuidores. No Brasil, a empresa faturou US$ 540 milhões, em 2003, volume que representa cerca de 2% da receita global do grupo, salienta Armando Santiago, vice-presidente da divisão de imprimir e escrever da subsidiária. Já a Leadership atende diretamente ao varejo e grandes revendas, através de 160 representantes. Os distribuidores abastecem as revendas menores. Também a Printlife atende direto, com representantes e por telemarketing. A Maxprint escoa seus produtos via a distribuidora Rio Branco.
Fonte: Celulose Online – 30/11/2004
Fonte:
Notícias em destaque
Florestas restauradas elevam produtividade em até 10 sacas de soja por hectare
Pesquisa revela contribuição da recuperação de florestas para agricultura e alerta para limites no ciclo da...
(REFLORESTAMENTO)
Eldorado Brasil Celulose Implementa Telemetria na Silvicultura para Otimizar Operações
Iniciativa visa aumentar a eficiência, segurança e sustentabilidade das atividades florestais com a digitalização de...
(TECNOLOGIA)
Departamento Florestal do Oregon plantou 2,3 milhões de árvores após os incêndios florestais de 2020
O esforço de quatro anos do Departamento Florestal do Oregon (ODF) para reflorestar a Floresta Estadual de Santiam após os...
(GERAL)
Veracel celebra a produção de 21 milhões de toneladas de celulose em 19 anos de operação
A empresa, que começou com uma previsão de 900 mil toneladas anuais, alcança um desempenho médio de mais de 1...
(PAPEL E CELULOSE)
10 mitos e verdades sobre casas de madeira: tire suas dúvidas sobre esse tipo de construção
Já pensou em construir uma casa de madeira no campo ou no litoral, seja para alugar e obter retornos financeiros ou para passar o feriado...
(MADEIRA E PRODUTOS)
Parceria entre Acelen Renováveis e MultiCropsPlus Revoluciona Produção de Mudas de Macaúba com Excelência Genética
Colaboração busca otimizar a produção de biocombustíveis renováveis, com projeção de 1...
(GERAL)