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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Vendas internacionais brasileiras crescem acima da média mundial
A participação brasileira no comércio mundial ultrapassou a marca de 1% nos nove primeiros meses deste ano em função do ritmo acelerado das vendas internacionais do país. Desde o início de 2003 até o mês de setembro de 2004, as exportações do país cresceram 25,5%, oito pontos percentuais acima da média mundial, que ficou em 17,4%. É a primeira vez, nos últimos 19 anos, que o Brasil responde por 1% das vendas globais.
Os números constam numa publicação da Fundação Centro de Estudos em Comércio Exterior (Funcex), do Rio de Janeiro. O boletim mostra também que as vendas dos países em desenvolvimento estão crescendo mais do que as de nações consideradas ricas. Enquanto os países desenvolvidos tiveram crescimento de vendas de 15,5% desde o ano passado até setembro de 2004, os menos desenvolvidos exportaram 22,1% a mais.
"Com a crise, vários países desenvolvidos desvalorizaram seu câmbio, o que deu mais competitividade aos seus produtos", diz o coordenador do curso de Diplomacia Econômica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Mário Presser, referindo-se à recessão internacional ocorrida entre os anos de 1999 e 2002. Argentina e Brasil foram alguns dos países que mexeram nas suas moedas no período.
De acordo com Presser, também o crescimento da China colaborou para a evolução das exportações de países em desenvolvimento. "A China tem uma grande demanda por matérias-primas", explica. Segundo o professor da Unicamp, insumos são justamente os produtos que as nações em desenvolvimento mais têm a oferecer. O Brasil, por exemplo, vende muita soja e madeira para o país asiático. O presidente da China, Hu Jintao, inclusive, está no Brasil para assinar uma série de protocolos da área sanitária que vão favorecer as exportações nacionais de carne, frutas, soja e óleo de soja.
O relatório publicado pela Funcex aponta o crescimento da demanda externa como uma das causas para o aumento das exportações brasileiras. De acordo com a publicação, porém, a evolução das vendas não está ligada apenas a esse fator, já que as exportações brasileiras estão crescendo numa velocidade maior do que as importações mundiais. Enquanto as compras mundiais evoluíram 18,2% em 2003, as vendas do Brasil cresceram 21,8%.
Neste ano de 2004, as importações globais devem crescer 19,65% e as exportações do país já aumentaram 33,1% até setembro. "O bom desempenho das exportações brasileiras nos anos de 2003 e 2004 também incorpora aspectos estruturais", diz o relatório.
Entre eles estão os esforços do Brasil por ganhar participação em alguns mercados e a importância que as indústrias nacionais passaram dar à exportação. De acordo com cálculos da Funcex, a comercialização externa deve responder, este ano, por 18% do faturamento das indústrias brasileiras contra 16% no ano passado e 11% em 1998.
O professor da Unicamp cita, entre os fatores que levaram as fábricas a buscar o mercado internacional, o desaquecimento da economia doméstica. "Estávamos em recessão, só havia o mercado externo. Agora, com a melhora do mercado interno, é que vamos ver se elas vão dar continuidade às exportações", explica.
Independentemente disso, o fato é que o Brasil ganhou mercado em diversos países e blocos econômicos desde 1998. A participação brasileira nas importações dos Estados Unidos, por exemplo, passou de 1,08% há seis anos para 1,35% este ano. Na Argentina saltou de 21,49% para 33,32%, na China de 0,64% para 1,06% e no Chile de 5,57% para 11,14%.
O relatório destaca ainda o crescimento das vendas brasileiras para alguns mercados nos quais o país tem menor participação, como o México, para onde as exportações aumentaram 72% entre 2002 e 2004, para o Oriente Médio, que importou 83,7% a mais do Brasil no período, e para a Venezuela, com crescimento de 63% nas compras de produtos brasileiros. O estudo da Funcex tem como base dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Fonte: Anba – 19/11/2004
Os números constam numa publicação da Fundação Centro de Estudos em Comércio Exterior (Funcex), do Rio de Janeiro. O boletim mostra também que as vendas dos países em desenvolvimento estão crescendo mais do que as de nações consideradas ricas. Enquanto os países desenvolvidos tiveram crescimento de vendas de 15,5% desde o ano passado até setembro de 2004, os menos desenvolvidos exportaram 22,1% a mais.
"Com a crise, vários países desenvolvidos desvalorizaram seu câmbio, o que deu mais competitividade aos seus produtos", diz o coordenador do curso de Diplomacia Econômica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Mário Presser, referindo-se à recessão internacional ocorrida entre os anos de 1999 e 2002. Argentina e Brasil foram alguns dos países que mexeram nas suas moedas no período.
De acordo com Presser, também o crescimento da China colaborou para a evolução das exportações de países em desenvolvimento. "A China tem uma grande demanda por matérias-primas", explica. Segundo o professor da Unicamp, insumos são justamente os produtos que as nações em desenvolvimento mais têm a oferecer. O Brasil, por exemplo, vende muita soja e madeira para o país asiático. O presidente da China, Hu Jintao, inclusive, está no Brasil para assinar uma série de protocolos da área sanitária que vão favorecer as exportações nacionais de carne, frutas, soja e óleo de soja.
O relatório publicado pela Funcex aponta o crescimento da demanda externa como uma das causas para o aumento das exportações brasileiras. De acordo com a publicação, porém, a evolução das vendas não está ligada apenas a esse fator, já que as exportações brasileiras estão crescendo numa velocidade maior do que as importações mundiais. Enquanto as compras mundiais evoluíram 18,2% em 2003, as vendas do Brasil cresceram 21,8%.
Neste ano de 2004, as importações globais devem crescer 19,65% e as exportações do país já aumentaram 33,1% até setembro. "O bom desempenho das exportações brasileiras nos anos de 2003 e 2004 também incorpora aspectos estruturais", diz o relatório.
Entre eles estão os esforços do Brasil por ganhar participação em alguns mercados e a importância que as indústrias nacionais passaram dar à exportação. De acordo com cálculos da Funcex, a comercialização externa deve responder, este ano, por 18% do faturamento das indústrias brasileiras contra 16% no ano passado e 11% em 1998.
O professor da Unicamp cita, entre os fatores que levaram as fábricas a buscar o mercado internacional, o desaquecimento da economia doméstica. "Estávamos em recessão, só havia o mercado externo. Agora, com a melhora do mercado interno, é que vamos ver se elas vão dar continuidade às exportações", explica.
Independentemente disso, o fato é que o Brasil ganhou mercado em diversos países e blocos econômicos desde 1998. A participação brasileira nas importações dos Estados Unidos, por exemplo, passou de 1,08% há seis anos para 1,35% este ano. Na Argentina saltou de 21,49% para 33,32%, na China de 0,64% para 1,06% e no Chile de 5,57% para 11,14%.
O relatório destaca ainda o crescimento das vendas brasileiras para alguns mercados nos quais o país tem menor participação, como o México, para onde as exportações aumentaram 72% entre 2002 e 2004, para o Oriente Médio, que importou 83,7% a mais do Brasil no período, e para a Venezuela, com crescimento de 63% nas compras de produtos brasileiros. O estudo da Funcex tem como base dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Fonte: Anba – 19/11/2004
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