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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Pragas atacam madeiras e móveis
Existem mais de 2.800 espécies conhecidas de cupins, a maior parte nas regiões tropicais e subtropicais. Já os besouros chegam, no total, a mais de 300 mil espécies.
Dois grupos de insetos, que se adaptaram à vida nos ambientes humanos, podem ser os causadores dos estragos: os cupins de madeira seca e os besouros conhecidos como brocas.
Como ambos escavam galerias dentro dos móveis e têm resíduos parecidos, eles são muitas vezes confundidos, mas na verdade pertencem a ordens distintas da classe Insecta. Os cupins são insetos sociais (vivem em colônias, como as formigas, com as quais também são, às vezes, confundidos) e integram a ordem Isoptera, enquanto os besouros têm vida isolada (só procuram outros na época do acasalamento) e fazem parte da ordem Coleoptera.
Existem mais de 2.800 espécies conhecidas de cupins, a maior parte nas regiões tropicais e subtropicais. Já os besouros chegam, no total, a mais de 300 mil espécies (é a maior ordem do reino animal).
A denominação ‘cupim de madeira seca abrange muitas espécies pertencentes à família Kaloter-mitidae. Esses cupins formam colônias no interior de estruturas e objetos de madeira, para se alimentar da celulose, o principal componente desse material. O aspecto mais interessante é a atração desses insetos justamente por madeira bastante seca, com umidade inferior a 30%, onde cavam galerias e fazem seus ninhos. Esses cupins são lentos, têm o corpo cilíndrico e as pernas relativamente curtas, se comparados aos cupins subterrâneos (ver ‘Cupins urbanos: conhecer para combater’, em CH nº 165).
Cupins de madeira seca atacam, além dos móveis (armários, mesas, cadeiras e outros), estruturas existentes nas casas (portas, janelas, pisos, rodapés, forros, vigas de telhados) e outros utensílios.
Acredita-se, no entanto, que antes da ocupação humana esses cupins não existiam nessas regiões, onde teriam sido introduzidos, ao longo dos últimos séculos, através do transporte de peças de madeira infestadas. As colônias dos cupins de madeira seca, por seu tamanho reduzido, são capazes de viver até em pequenos objetos, o que facilita o transporte e a introdução desses insetos em regiões distantes do local de origem.
Essa disseminação fez com que várias espécies de cupins superassem grandes barreiras naturais, como os oceanos. Um exemplo é o cupim Cryptoter-mes havilandi, originário da África, introduzido no Brasil no período colonial, provavelmente durante o comércio de escravos, através de objetos de madeira contaminados com a espécie e trazidos do continente africano pelos chamados navios negreiros. O cupim de madeira seca mais comum é Cryptotermes brevis, encontrado hoje em quase todos os continentes.
Os grânulos fecais dos cupins de madeira seca têm o formato aproximado de um cone curto, de ‘pontas’ arredondadas, com menos de 1 mm de comprimento. Cada grânulo apresenta seis marcas superficiais, dispostas longitudinalmente, resultantes da impressão dos músculos retais do tubo digestivo quando é expelido.
As colônias de cupins de madeira seca têm uma população baixa, comparada à das colônias de outras espécies de cupins, e seu crescimento também é vagaroso. Em geral, uma colônia possui uma população constituída por centenas de indivíduos perfuradores de madeira, e ainda perfuram livros e papéis deixados sobre mesas ou estantes infestadas. Raramente infestam árvores vivas, como alguns cupins subterrâneos, mas são bastante conhecidos como destruidores de monumentos históricos, pois infestam peças antigas de igrejas e museus. Entre outras razões, essas peças são mais suscetíveis ao ataque porque não recebiam, na época em que foram criadas, uma proteção adequada contra esses insetos.
Além disso, não existe uma substância inseticida que proteja o material por períodos muito longos. Os cupins deixam, na peça atacada, apenas uma fina ‘casca’ superficial, facilmente deformada ou quebrada por um leve toque da mão de uma pessoa.
Muitas espécies de cupins de madeira seca estão hoje disseminadas por todo o mundo. São encontradas até em regiões frias, como o Canadá, pois vivem no interior de habitações humanas. Nos locais com inverno mais rigoroso as casas geralmente têm aquecimento, o que garante uma temperatura agradável para o desenvolvimento das colônias.
Todo ano, em uma colônia madura, parte dos falsos operários se transforma em reprodutores alados, de corpo marrom e asas iridescentes, e deixa o ninho, voando em direção às luzes para encontrar seus parceiros. Os vôos de dispersão ocorrem durante várias semanas, entre o entardecer e a noite, em geral durante a primavera, embora pequenos vôos ocasionais tenham sido registrados fora dessa época. Os reprodutores ganham asas um mês antes do vôo e aguardam o momento propício para deixar as colônias, através dos mesmos (100 a 300).
Com uma população tão pequena, esse inseto se torna um problema simplesmente porque muitas colônias podem habitar o mesmo móvel ou peça. Um móvel muito infestado por esses cupins pode emitir ‘barulhinhos’, resultantes da ação das mandíbulas desses insetos na madeira, durante sua alimentação.
Como atacam
As escavações, paralelas aos veios da madeira, produzem câmaras achatadas e ligadas por passagens estreitas. As madeiras preferidas por esses cupins são as de árvores do gênero Pinus (pinheiros) e os compensados (compostos de finas folhas de madeira coladas e prensadas).
Os insetos acumulam os grânulos fecais em algumas câmaras e, às vezes, empurram parte deles para fora da peça infestada através de orifícios feitos na superfície da mesma. Depois, os orifícios são novamente selados com a secreção intestinal. Com o tempo, a colônia amplia o ninho de tal maneira que a peça de madeira ou o móvel ficam completamente ocos. As paredes internas dessas galerias são muito lisas e todo o ninho é mantido limpo pelos cupins, que inclusive devoram rapidamente os integrantes da colônia mortos.
Suas colônias são compostas por diferentes tipos de indivíduos: os soldados, os falsos operários, o casal real e os jovens. A função dos soldados, como o nome indica, é basicamente a de defesa da colônia contra predadores, mas não são agressivos como os de outras espécies de cupins (figura 5). Os jovens saem dos ovos como ninfas – indivíduos menores e brancos, que não se alimentam sozinhos.
Os falsos operários constituem a casta mais numerosa. São indivíduos imaturos de cor branca ou creme e desempenham todas as tarefas da colônia.
Eles escavam e consomem a madeira, cuidam do parreal, dos jovens, dos ovos, da limpeza do ninho e alimentam os outros membros da colônia, incapazes de fazer isso sozinhos. Esses indivíduos são denominados falsos operários porque podem originar reprodutores, fato que só ocorre em poucas famílias de cupins (a maioria das famílias tem operários, que não se tornam reprodutores). As colônias geralmente têm um casal real, e a rainha, pouco maior que o rei, apresenta o abdômen levemente dilatado. Os jovens e os ovos, de cor rosada, ficam perto das galerias habitadas pelo casal real.
Muitas colônias podem viver juntas na mesma peça de madeira (ou mobiliário) e supõe-se que compartilhem o sistema de galerias. Há relatos da observação de 20 colônias vivendo juntas na mesma porta de uma edificação. O dano causado por esses insetos cresce com as seguidas reinfestações, que resultam em numerosas colônias dentro da peça ou estrutura atacada.
Quando o casal real morre, surgem os chamados reprodutores de substituição, ou neotênicos (antes, a rainha produzia substâncias – feromônios – que inibiam esse processo).
Em geral, uma colônia produz cerca de 10 neotênicos, mas os excedentes são eliminados por lutas entre eles, restando apenas os dois necessários (um macho e uma fêmea). Em experimentos de laboratório, a produção de neotênicos e a regulação do seu número são influenciadas pelo tamanho dos grupos envolvidos, pela área do local onde são criados e pelo tipo de madeira com que os cupins são alimentados.
Besouros da madeira
Outro grupo de insetos capaz de provocar estragos em móveis e estruturas de madeira é formado pelas chamadas brocas-de-madeira. As brocas são besouros que perfuram a madeira em busca de alimento ou abrigo. Diferentemente dos cupins de madeira seca, esses besouros passam por metamorfose completa, apresentando quatro estágios distintos de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. São as larvas as responsáveis pelos ataques à mobília e outras peças de madeira.
As larvas da maioria das espécies de brocas escavam ativamente a madeira para se alimentar, preferindo peças como as de artesanato, feitas de vime ou cipó (a preferência deve-se ao tipo de madeira que tais insetos costumam infestar em ambientes naturais). O ciclo de vida completo desses insetos pode ultrapassar um ano, e a fase larval é a mais longa. Em geral, o único dano causado pelos besouros adultos é o buraco que fazem para emergir na superfície da madeira infestada.
Esses adultos vivem apenas poucas semanas. Após a emergência, os besouros se acasalam e a fêmea procura um local (que pode ser a mesma madeira da qual emergiu) para pôr seus ovos.
Algumas brocas colocam os ovos na superfície da madeira, outras os depositam em fendas ou orifícios. Dos ovos emergem as larvas, que se alimentam da madeira, cavando galerias individuais, até chegarem à fase adulta. Em geral, os orifícios de abertura das galerias estão obstruídos pelas fezes compactadas das larvas. Quando se tornam adultos, os besouros perfuram a superfície para sair em busca de parceiros, completando o ciclo.
De modo geral, as pessoas só percebem a contaminação de sua mobília ou de outras estruturas de madeira pelas brocas depois que os adultos emergem, por causa dos orifícios que deixam. Raramente os besouros adultos são vistos. No entanto, sob as peças infestadas às vezes aparecem resíduos finos acumulados, semelhantes a serragem, que caem dos orifícios de saída dos adultos. Esse resíduo, ou pó-de-broca, resulta da escavação da larva do besouro na peça de madeira e é comumente confundido com o pozinho do cupim.
As brocas que atacam a madeira seca, sendo por isso confundidas com cupins, pertencem quase sempre às famílias Anobiidae e Lyctidae. O ataque por anobídeos produz geralmente um pó mais grosso, enquanto o ataque por lictídeos é facilmente reconhecido pelo resíduo bastante fino, semelhante a talco. Embora seja às vezes confundido com os grânulos fecais dos cupins, o pó-de-broca é constituído apenas de aparas de madeira irregulares. As fezes das larvas das brocas-de-madeira permanecem no interior das galerias.
Fonte: Revista da Madeira – 25/10/2004
Dois grupos de insetos, que se adaptaram à vida nos ambientes humanos, podem ser os causadores dos estragos: os cupins de madeira seca e os besouros conhecidos como brocas.
Como ambos escavam galerias dentro dos móveis e têm resíduos parecidos, eles são muitas vezes confundidos, mas na verdade pertencem a ordens distintas da classe Insecta. Os cupins são insetos sociais (vivem em colônias, como as formigas, com as quais também são, às vezes, confundidos) e integram a ordem Isoptera, enquanto os besouros têm vida isolada (só procuram outros na época do acasalamento) e fazem parte da ordem Coleoptera.
Existem mais de 2.800 espécies conhecidas de cupins, a maior parte nas regiões tropicais e subtropicais. Já os besouros chegam, no total, a mais de 300 mil espécies (é a maior ordem do reino animal).
A denominação ‘cupim de madeira seca abrange muitas espécies pertencentes à família Kaloter-mitidae. Esses cupins formam colônias no interior de estruturas e objetos de madeira, para se alimentar da celulose, o principal componente desse material. O aspecto mais interessante é a atração desses insetos justamente por madeira bastante seca, com umidade inferior a 30%, onde cavam galerias e fazem seus ninhos. Esses cupins são lentos, têm o corpo cilíndrico e as pernas relativamente curtas, se comparados aos cupins subterrâneos (ver ‘Cupins urbanos: conhecer para combater’, em CH nº 165).
Cupins de madeira seca atacam, além dos móveis (armários, mesas, cadeiras e outros), estruturas existentes nas casas (portas, janelas, pisos, rodapés, forros, vigas de telhados) e outros utensílios.
Acredita-se, no entanto, que antes da ocupação humana esses cupins não existiam nessas regiões, onde teriam sido introduzidos, ao longo dos últimos séculos, através do transporte de peças de madeira infestadas. As colônias dos cupins de madeira seca, por seu tamanho reduzido, são capazes de viver até em pequenos objetos, o que facilita o transporte e a introdução desses insetos em regiões distantes do local de origem.
Essa disseminação fez com que várias espécies de cupins superassem grandes barreiras naturais, como os oceanos. Um exemplo é o cupim Cryptoter-mes havilandi, originário da África, introduzido no Brasil no período colonial, provavelmente durante o comércio de escravos, através de objetos de madeira contaminados com a espécie e trazidos do continente africano pelos chamados navios negreiros. O cupim de madeira seca mais comum é Cryptotermes brevis, encontrado hoje em quase todos os continentes.
Os grânulos fecais dos cupins de madeira seca têm o formato aproximado de um cone curto, de ‘pontas’ arredondadas, com menos de 1 mm de comprimento. Cada grânulo apresenta seis marcas superficiais, dispostas longitudinalmente, resultantes da impressão dos músculos retais do tubo digestivo quando é expelido.
As colônias de cupins de madeira seca têm uma população baixa, comparada à das colônias de outras espécies de cupins, e seu crescimento também é vagaroso. Em geral, uma colônia possui uma população constituída por centenas de indivíduos perfuradores de madeira, e ainda perfuram livros e papéis deixados sobre mesas ou estantes infestadas. Raramente infestam árvores vivas, como alguns cupins subterrâneos, mas são bastante conhecidos como destruidores de monumentos históricos, pois infestam peças antigas de igrejas e museus. Entre outras razões, essas peças são mais suscetíveis ao ataque porque não recebiam, na época em que foram criadas, uma proteção adequada contra esses insetos.
Além disso, não existe uma substância inseticida que proteja o material por períodos muito longos. Os cupins deixam, na peça atacada, apenas uma fina ‘casca’ superficial, facilmente deformada ou quebrada por um leve toque da mão de uma pessoa.
Muitas espécies de cupins de madeira seca estão hoje disseminadas por todo o mundo. São encontradas até em regiões frias, como o Canadá, pois vivem no interior de habitações humanas. Nos locais com inverno mais rigoroso as casas geralmente têm aquecimento, o que garante uma temperatura agradável para o desenvolvimento das colônias.
Todo ano, em uma colônia madura, parte dos falsos operários se transforma em reprodutores alados, de corpo marrom e asas iridescentes, e deixa o ninho, voando em direção às luzes para encontrar seus parceiros. Os vôos de dispersão ocorrem durante várias semanas, entre o entardecer e a noite, em geral durante a primavera, embora pequenos vôos ocasionais tenham sido registrados fora dessa época. Os reprodutores ganham asas um mês antes do vôo e aguardam o momento propício para deixar as colônias, através dos mesmos (100 a 300).
Com uma população tão pequena, esse inseto se torna um problema simplesmente porque muitas colônias podem habitar o mesmo móvel ou peça. Um móvel muito infestado por esses cupins pode emitir ‘barulhinhos’, resultantes da ação das mandíbulas desses insetos na madeira, durante sua alimentação.
Como atacam
As escavações, paralelas aos veios da madeira, produzem câmaras achatadas e ligadas por passagens estreitas. As madeiras preferidas por esses cupins são as de árvores do gênero Pinus (pinheiros) e os compensados (compostos de finas folhas de madeira coladas e prensadas).
Os insetos acumulam os grânulos fecais em algumas câmaras e, às vezes, empurram parte deles para fora da peça infestada através de orifícios feitos na superfície da mesma. Depois, os orifícios são novamente selados com a secreção intestinal. Com o tempo, a colônia amplia o ninho de tal maneira que a peça de madeira ou o móvel ficam completamente ocos. As paredes internas dessas galerias são muito lisas e todo o ninho é mantido limpo pelos cupins, que inclusive devoram rapidamente os integrantes da colônia mortos.
Suas colônias são compostas por diferentes tipos de indivíduos: os soldados, os falsos operários, o casal real e os jovens. A função dos soldados, como o nome indica, é basicamente a de defesa da colônia contra predadores, mas não são agressivos como os de outras espécies de cupins (figura 5). Os jovens saem dos ovos como ninfas – indivíduos menores e brancos, que não se alimentam sozinhos.
Os falsos operários constituem a casta mais numerosa. São indivíduos imaturos de cor branca ou creme e desempenham todas as tarefas da colônia.
Eles escavam e consomem a madeira, cuidam do parreal, dos jovens, dos ovos, da limpeza do ninho e alimentam os outros membros da colônia, incapazes de fazer isso sozinhos. Esses indivíduos são denominados falsos operários porque podem originar reprodutores, fato que só ocorre em poucas famílias de cupins (a maioria das famílias tem operários, que não se tornam reprodutores). As colônias geralmente têm um casal real, e a rainha, pouco maior que o rei, apresenta o abdômen levemente dilatado. Os jovens e os ovos, de cor rosada, ficam perto das galerias habitadas pelo casal real.
Muitas colônias podem viver juntas na mesma peça de madeira (ou mobiliário) e supõe-se que compartilhem o sistema de galerias. Há relatos da observação de 20 colônias vivendo juntas na mesma porta de uma edificação. O dano causado por esses insetos cresce com as seguidas reinfestações, que resultam em numerosas colônias dentro da peça ou estrutura atacada.
Quando o casal real morre, surgem os chamados reprodutores de substituição, ou neotênicos (antes, a rainha produzia substâncias – feromônios – que inibiam esse processo).
Em geral, uma colônia produz cerca de 10 neotênicos, mas os excedentes são eliminados por lutas entre eles, restando apenas os dois necessários (um macho e uma fêmea). Em experimentos de laboratório, a produção de neotênicos e a regulação do seu número são influenciadas pelo tamanho dos grupos envolvidos, pela área do local onde são criados e pelo tipo de madeira com que os cupins são alimentados.
Besouros da madeira
Outro grupo de insetos capaz de provocar estragos em móveis e estruturas de madeira é formado pelas chamadas brocas-de-madeira. As brocas são besouros que perfuram a madeira em busca de alimento ou abrigo. Diferentemente dos cupins de madeira seca, esses besouros passam por metamorfose completa, apresentando quatro estágios distintos de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. São as larvas as responsáveis pelos ataques à mobília e outras peças de madeira.
As larvas da maioria das espécies de brocas escavam ativamente a madeira para se alimentar, preferindo peças como as de artesanato, feitas de vime ou cipó (a preferência deve-se ao tipo de madeira que tais insetos costumam infestar em ambientes naturais). O ciclo de vida completo desses insetos pode ultrapassar um ano, e a fase larval é a mais longa. Em geral, o único dano causado pelos besouros adultos é o buraco que fazem para emergir na superfície da madeira infestada.
Esses adultos vivem apenas poucas semanas. Após a emergência, os besouros se acasalam e a fêmea procura um local (que pode ser a mesma madeira da qual emergiu) para pôr seus ovos.
Algumas brocas colocam os ovos na superfície da madeira, outras os depositam em fendas ou orifícios. Dos ovos emergem as larvas, que se alimentam da madeira, cavando galerias individuais, até chegarem à fase adulta. Em geral, os orifícios de abertura das galerias estão obstruídos pelas fezes compactadas das larvas. Quando se tornam adultos, os besouros perfuram a superfície para sair em busca de parceiros, completando o ciclo.
De modo geral, as pessoas só percebem a contaminação de sua mobília ou de outras estruturas de madeira pelas brocas depois que os adultos emergem, por causa dos orifícios que deixam. Raramente os besouros adultos são vistos. No entanto, sob as peças infestadas às vezes aparecem resíduos finos acumulados, semelhantes a serragem, que caem dos orifícios de saída dos adultos. Esse resíduo, ou pó-de-broca, resulta da escavação da larva do besouro na peça de madeira e é comumente confundido com o pozinho do cupim.
As brocas que atacam a madeira seca, sendo por isso confundidas com cupins, pertencem quase sempre às famílias Anobiidae e Lyctidae. O ataque por anobídeos produz geralmente um pó mais grosso, enquanto o ataque por lictídeos é facilmente reconhecido pelo resíduo bastante fino, semelhante a talco. Embora seja às vezes confundido com os grânulos fecais dos cupins, o pó-de-broca é constituído apenas de aparas de madeira irregulares. As fezes das larvas das brocas-de-madeira permanecem no interior das galerias.
Fonte: Revista da Madeira – 25/10/2004
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