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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Ibama faz balanço positivo das unidades de conservação do país
Desde domingo, o país todo está discutindo, em congresso nacional no Paraná, como estão funcionando e o que falta para ser feito para as que as unidades de conservação ambientais cumpram com seu papel de preservar o meio ambiente e garantir um ambiente saudável para as próximas gerações de brasileiros.
No evento, as autoridades federais, estaduais e municipais, além de representantes da sociedade civil, estão debatendo o futuro das unidades de conservação. Segundo informou ontem o coordenador da Diretoria de Ecossistemas do Ibama, Pedro Eymard, o ideal seria que o governo gastasse mais com pessoal, aumentando a disponibilidade de funcionários nas unidades de conservação. Eymard informou que a média nacional hoje é de um servidor para cada área de 45 mil hectares.
O coordenador disse, ainda, no congresso de Curitiba, que a disponibilidade de pessoal e de recursos por unidade de conservação reflete nas condições de funcionamento das unidades de conservação. Eymard informou que das 156 unidades avaliadas, 10 são consideradas em condições “avançadas”, com disponibilidade de centros de pesquisa, trilha e camping para ecoturismo, alojamento para funcionários, e 34 unidades estão em condições “médias” de funcionamento. Na última década, o gasto do Ibama por hectare variou conforme o ano. Em 1994, o gasto foi de R$ 0,53; em 2002 atingiu o pico de R$ 1,65; e em 2003 decresceu para R$ 0,63. Na última década, o Ibama investiu R$ 191 milhões nas unidades de conservação. Esses valores dizem respeito apenas a 156 unidades de conservação sob a responsabilidade da diretoria de Ecossistemas, que são os parques nacionais, as reservas biológicas, as estações ecológicas, entre outras unidades. No total, o Ibama é responsável por 244 unidades de conservação.
Outros dirigentes do Ibama também fizeram um balanço positivo do órgão em relação às unidades de conservação ambientais. Segundo o coordenador-geral da Florestas, Adalberto Meira Filho, nas duas últimas décadas, as Florestas Nacionais (Flonas) passaram a ter novos usos sustentáveis. Para o coordenador, entre as décadas de 30 e 80, as Flonas foram utilizadas principalmente para produção de madeira, desenvolvimento tecnológico e industrialização. A partir da década de 90, no entanto, as florestas nacionais passaram a ser utilizadas para pesquisa, conservação e uso da biodiversidade, além da manutenção de populações locais.
Meira Filho destacou que, além da pesquisa, as florestas nacionais estão sendo utilizadas para treinamento (educação ambiental, produção de mudas, uso de sementes), conservação de germoplasma, manejo comunitário, entre outras finalidades. Ele assinalou que, no momento, as 66 florestas nacionais existentes totalizam 17 milhões de hectares e estão concentradas na região Norte, sendo que metade desta área está sobreposta às áreas indígenas.
A diretora de Ecossistemas do Ibama, Cicília Ferraz, destacou, por sua vez, que o órgão tem procurado atrair parcerias com entidades da sociedade para concretizar a participação social na conservação de reservas, parques e florestas nacionais. Segundo a diretora, uma das formas de incentivar a participação social é a elaboração dos planos de manejo com a comunidade local. Desde o ano passado, o Ibama tem capacitado seus quadros para auxiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacionais e reservas extrativistas. Cicília Ferraz disse que “a idéia é que o diagnóstico do plano de manejo seja feito por pessoas da comunidade e pesquisadores da região”.
Fonte: Página 20 – 21/10/2004
No evento, as autoridades federais, estaduais e municipais, além de representantes da sociedade civil, estão debatendo o futuro das unidades de conservação. Segundo informou ontem o coordenador da Diretoria de Ecossistemas do Ibama, Pedro Eymard, o ideal seria que o governo gastasse mais com pessoal, aumentando a disponibilidade de funcionários nas unidades de conservação. Eymard informou que a média nacional hoje é de um servidor para cada área de 45 mil hectares.
O coordenador disse, ainda, no congresso de Curitiba, que a disponibilidade de pessoal e de recursos por unidade de conservação reflete nas condições de funcionamento das unidades de conservação. Eymard informou que das 156 unidades avaliadas, 10 são consideradas em condições “avançadas”, com disponibilidade de centros de pesquisa, trilha e camping para ecoturismo, alojamento para funcionários, e 34 unidades estão em condições “médias” de funcionamento. Na última década, o gasto do Ibama por hectare variou conforme o ano. Em 1994, o gasto foi de R$ 0,53; em 2002 atingiu o pico de R$ 1,65; e em 2003 decresceu para R$ 0,63. Na última década, o Ibama investiu R$ 191 milhões nas unidades de conservação. Esses valores dizem respeito apenas a 156 unidades de conservação sob a responsabilidade da diretoria de Ecossistemas, que são os parques nacionais, as reservas biológicas, as estações ecológicas, entre outras unidades. No total, o Ibama é responsável por 244 unidades de conservação.
Outros dirigentes do Ibama também fizeram um balanço positivo do órgão em relação às unidades de conservação ambientais. Segundo o coordenador-geral da Florestas, Adalberto Meira Filho, nas duas últimas décadas, as Florestas Nacionais (Flonas) passaram a ter novos usos sustentáveis. Para o coordenador, entre as décadas de 30 e 80, as Flonas foram utilizadas principalmente para produção de madeira, desenvolvimento tecnológico e industrialização. A partir da década de 90, no entanto, as florestas nacionais passaram a ser utilizadas para pesquisa, conservação e uso da biodiversidade, além da manutenção de populações locais.
Meira Filho destacou que, além da pesquisa, as florestas nacionais estão sendo utilizadas para treinamento (educação ambiental, produção de mudas, uso de sementes), conservação de germoplasma, manejo comunitário, entre outras finalidades. Ele assinalou que, no momento, as 66 florestas nacionais existentes totalizam 17 milhões de hectares e estão concentradas na região Norte, sendo que metade desta área está sobreposta às áreas indígenas.
A diretora de Ecossistemas do Ibama, Cicília Ferraz, destacou, por sua vez, que o órgão tem procurado atrair parcerias com entidades da sociedade para concretizar a participação social na conservação de reservas, parques e florestas nacionais. Segundo a diretora, uma das formas de incentivar a participação social é a elaboração dos planos de manejo com a comunidade local. Desde o ano passado, o Ibama tem capacitado seus quadros para auxiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacionais e reservas extrativistas. Cicília Ferraz disse que “a idéia é que o diagnóstico do plano de manejo seja feito por pessoas da comunidade e pesquisadores da região”.
Fonte: Página 20 – 21/10/2004
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