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Notícias

22
nov
2005
(GERAL)
Madeireiros ameaçam ir à Justiça
Cerca de trinta por cento dos madeireiros no Pará já estão no prejuízo por causa da greve dos servidores do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O movimento completa hoje 17 dias e segundo o presidente da União das Entidades Florestais do Estado do Pará (Uniflor), Wagner Kronbauer, há empresários que entraram com mandados de segurança na Justiça para exportar madeira sem a Autorização para Transporte de Produtos Florestais (ATPF). Ele afirma que a Justiça é a única alternativa do setor para não parar suas atividades. O diretor técnico da Associação das Indústrias e Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex), Guilherme Carvalho, lembra que sem as autorizações não há como fazer negócios com madeira e a consequência é enfraquecimento e demissão de trabalhadores. O Ibama fornece as ATPFs em bloco, de 30 a 45 dias, e se a paralisação prosseguir por mais dez dias os prejuízos serão inevitáveis para os empresários, trabalhadores e para o Estado, assegura Carvalho, ao lembrar a última greve em julho de 2003, de 25 dias. “Na época sofremos prejuízos de milhões”. Contraproposta O diretor da Aimex diz que a greve prejudica as exportações, por falta de fiscalização do Ibama.

Quem exporta madeira cerrada, com espessura acima de 105 milímetro (mm), por exemplo, só tem a mercadoria liberada após fiscalização dos técnicos do órgão ambiental. O presidente da Associação dos servidores do Ibama, Antônio Melo, frisa que a categoria exige o cumprimento do acordo do ano passado com o governo federal: revisão do plano de carreira; enquadramento dos servidores de nível médio do Ministério do Meio Ambiente (MMA); gratificação de atividades e enquadramento de aposentados e pensionistas nas gratificações. Na semana passada, o MMA concedeu a gratificação de 35%, mas em etapas - 15% em janeiro de 2005, 18% em agosto de 2005 e 17% em janeiro de 2006 - e 50% para os aposentados.

Fonte: Amazônia.org.br – 20/10/2004

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