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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Queimadas causam prejuízos ambientais, econômicos e sociais.
Focos de fogo aumentam gradativamente no Centro-Sul. Série de seminários para agricultores procura incentivar queima controlada.
O aumento no número de queimadas registrado entre os dias 15 e 21 de junho, foi de 23%, ocorreram 2.782 focos de fogo no Brasil, de acordo com as imagens dos satélites NOAA e Terra/Aqua, processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM). As maiores concentrações continuam sendo no Mato Grosso – 2.030 focos ou 73% do total nacional – mas cresce o uso do fogo também no Tocantins, oeste da Bahia, sul do Piauí, divisa com Maranhão e interior de São Paulo. Também foram registradas mais queimadas no Paraná, na região de Maringá, e na divisa de Mato Grosso do Sul com o Mato Grosso, onde passa a rodovia Cuiabá-Campo Grande.
Com a intenção de reduzir o uso do fogo como instrumento agrícola – na renovação de pastagens, limpeza de áreas recém desmatadas e controle de pragas e ervas daninhas – os coordenadores do Programa Fogo: Amazônia Encontrando Soluções iniciaram uma série de seminários, dirigidos a agricultores, pequenos e grandes, e autoridades municipais. Os municípios recordistas de queimadas serão os primeiros a ser visitados. Neste domingo, 22 de junho, foi realizado o seminário de Novo Mundo e, durante a semana, estão previstos eventos em Guarantã do Norte, Carlinda, Alta Floresta e Paranaíta, todos em Mato Grosso. O programa contempla também cursos nos estados do Acre e Pará, realizados com a coordenação do Instituto Centro de Vida (ICV), com recursos da Cooperação Italiana.
Os técnicos procuram alertar os produtores e autoridades municipais para os prejuízos ambientais, econômicos e sociais, decorrentes do uso indiscriminado do fogo e da falta de controle sobre as queimadas. Conforme estimativas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), só os prejuízos com pastagens e cercas destruídas pelo fogo podem somar de US$ 12 a 97 milhões anuais, em toda a Amazônia, ficando a variação por conta das condições climáticas (em anos mais secos, há menos condições de controlar o fogo e os prejuízos são maiores). Já os danos pela queima indevida de madeira variam entre US 1 e 13 milhões anuais, calculados com base nas áreas de floresta queimadas. Em geral tratam-se de florestas com trilhas, onde já houve uma exploração comercial de madeira, mas ainda havia árvores a serem aproveitadas. A par deste tipo de prejuízo econômico direto, socialmente, as queimadas também afetam a saúde, causando de 4 a 13 mil internações por problemas respiratórios, com perdas de US$1 a 11 milhões. Estas estimativas se baseiam em 202 entrevistas feitas com produtores, no chamado Arco do Desmatamento, um amplo semi círculo entre os estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará, onde se concentram as áreas mais alteradas pelo homem e com maiores concentrações de focos de fogo, da região amazônica. A amostragem dos 202 entrevistados reproduz o perfil de produtores agrícolas da região.
Liana John
Fonte: Estadão
O aumento no número de queimadas registrado entre os dias 15 e 21 de junho, foi de 23%, ocorreram 2.782 focos de fogo no Brasil, de acordo com as imagens dos satélites NOAA e Terra/Aqua, processadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM). As maiores concentrações continuam sendo no Mato Grosso – 2.030 focos ou 73% do total nacional – mas cresce o uso do fogo também no Tocantins, oeste da Bahia, sul do Piauí, divisa com Maranhão e interior de São Paulo. Também foram registradas mais queimadas no Paraná, na região de Maringá, e na divisa de Mato Grosso do Sul com o Mato Grosso, onde passa a rodovia Cuiabá-Campo Grande.
Com a intenção de reduzir o uso do fogo como instrumento agrícola – na renovação de pastagens, limpeza de áreas recém desmatadas e controle de pragas e ervas daninhas – os coordenadores do Programa Fogo: Amazônia Encontrando Soluções iniciaram uma série de seminários, dirigidos a agricultores, pequenos e grandes, e autoridades municipais. Os municípios recordistas de queimadas serão os primeiros a ser visitados. Neste domingo, 22 de junho, foi realizado o seminário de Novo Mundo e, durante a semana, estão previstos eventos em Guarantã do Norte, Carlinda, Alta Floresta e Paranaíta, todos em Mato Grosso. O programa contempla também cursos nos estados do Acre e Pará, realizados com a coordenação do Instituto Centro de Vida (ICV), com recursos da Cooperação Italiana.
Os técnicos procuram alertar os produtores e autoridades municipais para os prejuízos ambientais, econômicos e sociais, decorrentes do uso indiscriminado do fogo e da falta de controle sobre as queimadas. Conforme estimativas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), só os prejuízos com pastagens e cercas destruídas pelo fogo podem somar de US$ 12 a 97 milhões anuais, em toda a Amazônia, ficando a variação por conta das condições climáticas (em anos mais secos, há menos condições de controlar o fogo e os prejuízos são maiores). Já os danos pela queima indevida de madeira variam entre US 1 e 13 milhões anuais, calculados com base nas áreas de floresta queimadas. Em geral tratam-se de florestas com trilhas, onde já houve uma exploração comercial de madeira, mas ainda havia árvores a serem aproveitadas. A par deste tipo de prejuízo econômico direto, socialmente, as queimadas também afetam a saúde, causando de 4 a 13 mil internações por problemas respiratórios, com perdas de US$1 a 11 milhões. Estas estimativas se baseiam em 202 entrevistas feitas com produtores, no chamado Arco do Desmatamento, um amplo semi círculo entre os estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará, onde se concentram as áreas mais alteradas pelo homem e com maiores concentrações de focos de fogo, da região amazônica. A amostragem dos 202 entrevistados reproduz o perfil de produtores agrícolas da região.
Liana John
Fonte: Estadão
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