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Notícias
22
nov
2005
(GERAL)
Pesquisadores criam tecnologia de fabricação de carvão
O processo de carbonização de madeira em fornos de alvenaria para a fabricação do carvão vegetal, uma das grandes preocupações dos ambientalistas, está com os dias contados. O professor e doutor em engenharia metalúrgica Álvaro Lúcio e o pesquisador e empresário Antonio Delfino Neto desenvolveram um processo inédito de carbonização, o Drying Pirolyse Cooling (DPC), que realiza a carbonização da madeira sem emitir gases nocivos e tem rendimento superior ao procedimento tradicional. Foram quase sete anos de pesquisa, através de ensaios em escala piloto e o projeto teve como investidor o grupo mineiro NC, que financiou o desenvolvimento de ensaios de carbonização de vários tipos de biomassa.
O DPC utiliza os gases nocivos emitidos pela madeira em carbonização como fonte de energia, ou seja, em vez de serem lançados ao meio ambiente, eles são utilizados como fonte de energia, evitando a queima de parte da madeira enfornada. Isso resulta ainda num aumento significativo do rendimento gravimétrico– no processo tradicional há um rendimento de 30% e através do DPC, de mais de 45%.
Além disso, o DPC permite a utilização da madeira com umidade superior a 45%, evitando assim o ônus de sua estocagem por cerca de 120 dias com a finalidade de levá-la ao teor de umidade compatível com o processo tradicional. O processo DPC permite a carbonização de qualquer tipo de biomassa, como por exemplo, o capim elefante, resíduos de serraria, da indústria de celulose, moveleira etc. A fabricação do carvão através do método convencional tem duração de aproximadamente dez dias. Com o DPC essa produção acontece em cerca de dois dias. O investimento em todo o projeto foi de R$ 8 milhões.
Basicamente o DPC consiste na realização das etapas de secagem da madeira, sua carbonização (pirólise) e resfriamento do carvão vegetal em reatores independentes (conforme ilustrado na figura). Os gases gerados pela madeira durante a etapa de pirólise, que nos processos primitivos utilizados no Brasil são lançados para atmosfera, causando poluição e danos ao meio ambiente, são, neste processo, queimados em uma câmara de combustão, gerando desse modo gases quentes que são conduzidos ao vaso onde se processa a secagem da madeira, o que evita a contaminação dos gases combustíveis pelo vapor d´água desprendido pela madeira em secagem. Posteriormente o vaso que estava em resfriamento é descarregado recebendo em seguida nova carga de madeira, o que estava em carbonização passa para a etapa de resfriamento, e o que estava em secagem passa para a etapa de pirólise. As fases de secagem, carbonização da madeira e resfriamento do carvão vegetal se processam simultânea e independentemente nos três reatores. Permitindo interromper o processo de carbonização da madeira na etapa de secagem, o processo DPC poderá ser utilizado para a secagem de madeira estrutural, ou da madeira destinada à fabricação de móveis.
Outra grande vantagem do processo DPC é a possibilidade de interromper a carbonização da madeira no final da secagem, obtendo-se desse modo a madeira anidra ou a madeira torrada. Trata-se de uma verdadeira concentração energética da biomassa, possibilitando seu transporte para longas distâncias, o que não acontece com a madeira úmida. A água da umidade da madeira inviabiliza seu transporte para distâncias longas, pois a energia consumida nesse transporte (óleo diesel) é superior à energia contida na madeira úmida.
São relevantes as vantagens econômicas do processo DPC para o País. O carvão vegetal é o insumo que mais pesa no custo do ferro gusa. Ao possibilitar uma significativa redução no custo do carvão vegetal, obtem-se uma redução correspondente no custo do ferro gusa. A possibilidade de se evitar a importação de combustíveis fosseis, tais como carvão mineral coqueificável, antracito e petróleo, constitui sem dúvida uma significativa vantagem do processo DPC.
Fonte: ABTCP – 04/10/2004
O DPC utiliza os gases nocivos emitidos pela madeira em carbonização como fonte de energia, ou seja, em vez de serem lançados ao meio ambiente, eles são utilizados como fonte de energia, evitando a queima de parte da madeira enfornada. Isso resulta ainda num aumento significativo do rendimento gravimétrico– no processo tradicional há um rendimento de 30% e através do DPC, de mais de 45%.
Além disso, o DPC permite a utilização da madeira com umidade superior a 45%, evitando assim o ônus de sua estocagem por cerca de 120 dias com a finalidade de levá-la ao teor de umidade compatível com o processo tradicional. O processo DPC permite a carbonização de qualquer tipo de biomassa, como por exemplo, o capim elefante, resíduos de serraria, da indústria de celulose, moveleira etc. A fabricação do carvão através do método convencional tem duração de aproximadamente dez dias. Com o DPC essa produção acontece em cerca de dois dias. O investimento em todo o projeto foi de R$ 8 milhões.
Basicamente o DPC consiste na realização das etapas de secagem da madeira, sua carbonização (pirólise) e resfriamento do carvão vegetal em reatores independentes (conforme ilustrado na figura). Os gases gerados pela madeira durante a etapa de pirólise, que nos processos primitivos utilizados no Brasil são lançados para atmosfera, causando poluição e danos ao meio ambiente, são, neste processo, queimados em uma câmara de combustão, gerando desse modo gases quentes que são conduzidos ao vaso onde se processa a secagem da madeira, o que evita a contaminação dos gases combustíveis pelo vapor d´água desprendido pela madeira em secagem. Posteriormente o vaso que estava em resfriamento é descarregado recebendo em seguida nova carga de madeira, o que estava em carbonização passa para a etapa de resfriamento, e o que estava em secagem passa para a etapa de pirólise. As fases de secagem, carbonização da madeira e resfriamento do carvão vegetal se processam simultânea e independentemente nos três reatores. Permitindo interromper o processo de carbonização da madeira na etapa de secagem, o processo DPC poderá ser utilizado para a secagem de madeira estrutural, ou da madeira destinada à fabricação de móveis.
Outra grande vantagem do processo DPC é a possibilidade de interromper a carbonização da madeira no final da secagem, obtendo-se desse modo a madeira anidra ou a madeira torrada. Trata-se de uma verdadeira concentração energética da biomassa, possibilitando seu transporte para longas distâncias, o que não acontece com a madeira úmida. A água da umidade da madeira inviabiliza seu transporte para distâncias longas, pois a energia consumida nesse transporte (óleo diesel) é superior à energia contida na madeira úmida.
São relevantes as vantagens econômicas do processo DPC para o País. O carvão vegetal é o insumo que mais pesa no custo do ferro gusa. Ao possibilitar uma significativa redução no custo do carvão vegetal, obtem-se uma redução correspondente no custo do ferro gusa. A possibilidade de se evitar a importação de combustíveis fosseis, tais como carvão mineral coqueificável, antracito e petróleo, constitui sem dúvida uma significativa vantagem do processo DPC.
Fonte: ABTCP – 04/10/2004
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