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22
nov
2005
(GERAL)
Consultoria americana quer faturar US$ 3 milhões por ano no Brasil.
O filão de negócios do mercado internacional de carbono continua brilhando, mesmo sem a ratificação do Protocolo de Quioto. O vice-presidente da norte-americana ICF Consulting, Marcos Ferreira, constata o grande potencial do Brasil, com uma indústria de base bem estruturada, acostumada a planejamento de longo prazo. Tanto que a empresa gigante em projetos de consultoria internacional em meio ambiente, energia e desenvolvimento sócio-econômico abriu este ano escritório no País, com a ambição de faturar localmente US$ 3 milhões por ano, a partir de 2004. Para ele, independentemente da resistência do governo dos Estados Unidos em aderir ao protocolo, empresas norte-americanas manifestam interesse em participar do mercado desses créditos, por causa da oportunidade de bons negócios. "Cada tonelada de carbono reduzida na atmosfera está atualmente cotada no mercado internacional entre US$ 7 e US$ 12", diz Ferreira.

Com faturamento de US$ 200 milhões por ano em suas atividades no mundo, a ICF Consulting já conta com uma carteira robusta de projetos brasileiros passíveis de certificação de crédito de redução de emissões poluentes. Entre eles destacam-se o recém-concluído da Vega, do grupo Suez, de origem belga, de captação de energia elétrica a partir do metano produzido por aterro de lixo, na Bahia e da Tractebel, de substituição de diesel por gás natural, no processo de geração termoelétrica na região Centro-Oeste. Pelos cálculos do executivo da ICF, esse projeto pode gerar cerca de US$ 1,5 milhão por ano com a negociação em Bolsa dos certificados de redução de emissão de gás carbono.

"Além dos ganhos inerentes aos projetos diretamente, as empresas que investem em soluções ambientais podem ter rentabilidade adicional com a comercialização internacional de seus certificados de redução de emissão e conseqüente ganho de créditos", ratifica Christianne Maroun, gerente da ICF.

Lívia Ferrari

Fonte: Gazeta

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