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22
nov
2005
(GERAL)
Móveis para escritório vendem 20% a mais
O varejo de móveis de escritório elevou as vendas no 1º semestre em até 29% e reviu a projeção de crescimento para 2004. Em alguns casos, de 13%, a estimativa para o ano passou a 28%. Novas lojas serão abertas no 2º semestre.

A Marelli, empresa que produz e vende para o consumidor final, apresentou um incremento de receita de 25% no 1º semestre numa comparação com mesmo período de 2003, e alterou de 13% para até 28% a projeção do crescimento no ano. De R$ 38 milhões faturados ano passado, a empresa chegaria a R$ 48,6 milhões.

A Giroflex, que assim como a Marelli produz e faz a última venda, também numa comparação restrita ao 1º semestre registrou uma alta de 29%: de R$ 77,6 milhões passou a R$ 100,1 milhões, e reviu de 12% para 20% o crescimento no acumulado de 2004. Ou seja, de R$ 177,4 milhões em 2003, a receita iria para algo em torno de R$ 212 milhões.

A Tok&Stok , que atua apenas no varejo, embora não trabalhe apenas com móveis para escritório, reconhece que o segmento é promissor. Hoje, a venda desse tipo de móvel representa 12% da receita da empresa e, só no mês de julho, teve um incremento de 13% sobre o mesmo mês de 2003. “No acumulado dos últimos 12 meses, crescemos 20% sobre os 12 meses anteriores”, afirma Ademir Boeno, gerente de apoio técnico e tendências da empresa. A Albeflex , também só varejista, diz que as vendas tiveram um incremento de entre 7% e 10% no 1º semestre, numa comparação com o mesmo período do ano passado.

As razões para o bom resultado nos seis primeiros meses do ano e para perspectiva otimista nos 12 meses é fruto, principalmente, de ações das empresas no sentido de expandir seu pontos-de-venda, investir em novos produtos, treinamento de profissionais e no fortalecimento da marca junto ao público-alvo. Entretanto, a melhora no cenário econômico também contribuiu bastante para o crescimento obtido e projetado este ano.

A Giroflex investe algo em torno de R$ 5 milhões em novas lojas. A empresa promete inaugurar dez novos pontos de venda ao longo desse ano. “No 1º semestre foram inaugurados cinco e projetamos mais cinco no 2º semestre”, afirma Markus Chris-tian Schmidt, vice-presidente da Giroflex. Porém, Schmidt lembra que a empresa há algum tempo também investe em treinamento dos vendedores e em lançamento de novos produtos. “Esses investimentos são fundamentais para o bom desempenho”, informa.

A Marelli espera terminar 2004 com 32 pontos-de-venda. “Começamos o ano com 26 pontos”, diz Daniel Castilhos, gerente de marketing da empresa gaúcha. Castilhos comenta que outro fator colabora bastante com a alta nas vendas. “Desde 1998 investimos no fortalecimento da nossa marca junto ao público-alvo; no ano passado já começamos a sentir o retorno desse investimento”, conta. Em 2003, a empresa teve crescimento de 11% sobre 2002.

O setor de móveis para escritórios é estimado em R$ 1,7 bilhão e em 2003 teve queda de 18%. A expectativa é de que em 2004 seja possível, ao menos, recuperar as perdas do ano passado, segundo informações de Ricardo Aronovich, coordenador de certificação de mobiliário para escritório da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

De acordo com ele, as empresas que tiveram crescimento no ano passado foram exceção; casos da Giroflex e da Marelli. O coordenador explica que há cinco anos as lojas passaram a investir mais na qualidade dos produtos e dos serviços de instalação e manutenção desse mobiliário. “Quem não oferece, além de um bom produto, um bom serviço, não dura muito tempo no mercado”, afirma.

Ademir Bueno, da Tok&Stok, rede com 25 lojas espalhadas em quase todas as regiões do País, à exceção da Região Norte, conta que, no segmento específico de escritório, as vendas equivalem a 12% da receita. “É bom deixar claro que vendemos muitos produtos, como por exemplo, luminárias e gaveteiros que não são necessariamente artigos de escritório, mas são vendidos para uso em corporações”, diz. Para se ter uma idéia do crescimento nas vendas de móveis para escritório entre as lojas da Tok&Stok, Bueno informa que, nos últimos 12 meses, o faturamento total da rede teve alta de 16%, enquanto o segmento corporativo cresceu 20%. “Nossos principais clientes são pequenas empresas e autônomos”, diz. Em dois meses, a rede terá nas lojas um departamento só para pessoas jurídicas. “Teremos vendedores específicos”, completa.

Fonte: DCI – 23/08/2004

Fonte:

Neuvoo Jooble

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