Madeiras brasileiras e exóticas
Taxi-branco
Nome científico
Sclerolobium paniculatum
Descrição da árvore
Forma: árvore perenifólia, com 8 a 20 m de altura e 30 a 70 cm de DAP podendo atingir até 30 m de altura e 100 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: reto e cilíndrico. Fuste com até 15 m de comprimento.
Ramificação: apresenta dominância apical bem definida, de onde partem ramos em ângulos abertos, formando copa estreita.
Casca: com espessura até 10 mm. A casca externa é branca a acinzentada, lisa a quase lisa, com cicatrizes provenientes da queda dos ramos. A casca interna é arroxeada, com presença de seiva da mesma cor. Folhas alternas, imparipinadas, compostas de 4 a 7 pares de folíolos, com 7 a 13 cm de comprimento por 6 cm de largura, acuminados, subcoriáceos e com pecíolos curtos.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira do táxi-branco é moderadamente densa (0,65 a 0,81 g.cm³), a 15% de umidade.
Massa específica básica: 0,60 a 0,70 g.cm³ (Tomaselli et al., 1983; Moreira et al., 2000).
Cor: alburno bege-amarelo-claro, pouco diferenciado do cerne. Cerne amarelo-claro-oliváceo, irregular.
Características gerais: superfície irregularmente lustrosa; textura média; grã reversa. Cheiro e gosto indistintos.
Durabilidade natural: madeira de baixa resistência, natural ao apodrecimento.
Outras características: a caracterização anatômica da madeira dessa espécie pode ser encontrada em Pereira & Mainieri, 1957; Pereira, 1990 e em Paula & Alves (1997).
Espécies Afins
O gênero Sclerolobium Vogel é exclusivo da parte tropical da América do Sul e compreende 34 espécies descritas, com centro de dispersão na Hiléia Amazônica, onde se concentram cerca de 70% das espécies (Dwyer, 1957).
De Sclerolobium paniculatum Vogel foram descritas quatro variedades (Dwyer, 1957): paniculatum, rubiginosum (Tul) Benth., subvelutinum Bentham e peruvianum Dwyer, que se diferenciam pelas características dos folíolos.
As variedades rubiginosum e subvelutinum, que o correm em condições de mata e de Cerrado, respectivamente, formam um típico par vicariante.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira do táxi-branco é usada, principalmente, em mourões esteios, na construção civil e em embalagens. Troncos novos, geralmente retos, sã usados como caibros (Jenrich, 1989).
Energia: a madeira é indicada para produção de lenha e de carvão vegetal, sendo também recomendada para produção de álcool e coque (Paula, 1980; 1982).
Poder calorífico da madeira entre 4.580 a 4.812,77 Kcal.Kg-¹ (Moreira et al., 2000). Poder calorífico do carvão: 7.690 Kcal.Kg-¹ (Tomaselli et al., 1983).
Rendimento em carvão, de 22,5% e rendimento em pirolenhoso, de 26,50% (Moreira et al., 2000). Apresenta alto teor de lignina (Paula, 1980).
Celulose e papel: espécie inadequada para a produção de celulose e papel.
Ocorrência Natural
Latitude: 8º N na Venezuela a 22º35’S no Brasil, no Estado de São Paulo.
Variação altitudinal: de 15 m no Amapá a 1.200 m de altitude no Distrito Federal.