Madeiras brasileiras e exóticas
Pau-ferro-do-sul
Nome científico
Holocalyx balansae
Descrição da árvore
Forma: árvore semi caducifólia, com 5 a 15 m de altura e 20 a 40 cm de DAP, podendo atingir até 25 m de altura e excepcionalmente 130 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: reto a levemente tortuoso, com sapopemas na base do tronco. Fuste com até 8 m de comprimento, atingindo excepcionalmente até 15 m de altura
Ramificação: racemosa, dicotômica. Copa rala e irregular.
Casca: com espessura de até 20 mm. A casca externa é cinza-escura, áspera e dura, com fissuras leves longitudinais e transversais, profundamente sulcado, subdividida em placas disformes. A casca interna é bege, com tons róseos próximo da casca externa. Exsuda irregularmente seiva roxa e amarga
Cacterísticas da Madeira
Massa específica aparente: a madeira do pau-ferro-do-sul é muito densa (1,10 a 1,25 g/cm3), a 15% de umidade (Schultz, 1953).
Cor: alburno amarelado. Cerne rosa-claro quando recém-cortado, chegando ao vermelho, com veios mais escuros quando exposto ao sol.
Características gerais: textura fina e homogênea, marcadamente entrelaçada; grã crespa a oblíqua.
Durabilidade natural: apresenta grande durabilidade quando exposta, na terra e na água. Os postes, desde a época das missões jesuítas antigas são testemunhos dessa durabilidade (Lopez et al., 1987).
Outras características: caracteres anatômicos da madeira desta espécie podem ser encontrados em Moglia & Gimenez (1998).
Espécies Afins
Myracrodruon Freire Allemão, são basicamente o fruto, do tipo drupa, com forma subglobosa, entre outros (Santin & Leitão Filho, 1991)..
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira do pau-ferro-do-sul por ser resistente à flexão e ao choque pode ser usada em construção geral, carpintaria rural, carroçarias, pisos, estacas para construção de pontes, dormentes, postes, palanques, mourões, tornearia ou objetos talhados.
Energia: produz lenha de boa qualidade, com poder calorífico de 4.500 Kcal/kg (Celulosa Argentina, 1975).
Celulose e papel: espécie inadequada para esse uso
Ocorrência Natural
Latitude: 24º50' S (Paraguai) a 34º45' S (Argentina). No Brasil, a espécie é encontrada de 27º S a 29º30' S no Rio Grande do Sul.
Variação altitudinal: de 50 a 410 m de altitude, no Rio Grande do Sul