Madeiras brasileiras e exóticas
Palmiteiro
Nome científico
Euterpe edulis
Descrição da árvore
Forma: árvore palmeira com 5 a 10 m de altura e 5 a 15 cm de DAP. Atinge até 20 m de altura e 30 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: reto, cilíndrico, não-estolonífero (não brota na base); seu estipe (caule) não é considerado fuste. Entre o término do tronco e a parte onde nascem as folhas, há uma seção verde, mais grossa que o tronco, formada pela base do conjunto de folhas. Dentro desta seção encontra-se a parte comestível da palmeira.
Ramificação: monopodial. Copa formada por um tufo de folhas, quinze a 20 folhas grandes no ápice..
Espécies Afins
Euterpe C. Martius é um gênero com 28 espécies distribuídas nas Antilhas, na América Central, até o Brasil e Bolívia; em bosques pluviais de terras baixas, montanhas e pântanos. Destas espécies, além de E. edulis mais outras quatro espécies ocorrem, no Brasil: E. catingae Wallace, conhecida por açaí-chumbinho, espécie típica das bacias dos rios Negro, Orinoco e Branco, sendo comum na Campinarana Florestada e na Campinarana Arborizada (Velozo et al., 1991);
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: o palmiteiro não produz madeira para desdobro. O estipe serve como madeira, sendo esta usada principalmente na construção civil, em taipas, paióis, ranchos, tulhas; como caibro, ripa e mourões. Para estes fins, a tradição popular recomenda, enfaticamente, a utilização de estipes de árvores abatidas na lua minguante.
Celulose e papel: espécie adequada para produção de celulose
Ocorrência Natural
Latitude: é comum de 14º45´ S (Bahia) a 29º45' S (Rio Grande do Sul). Veloso et al.(1991) consideram o limite Norte do palmiteiro em 08º S (Pernambuco).
Variação latitudinal: de 5 m, no litoral das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste a 1.200 m de altitude, no Distrito Federal.