Madeiras brasileiras e exóticas
Maria-preta
Nome científico
Diatenopteryx sorbifolia
Descrição da árvore
Forma: árvore caducifólia, com 10 a 20m de altura e 30 a 50cm de DAP, podendo atingir até 35m de altura e 80cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: reto, irregular, com profundas caneluras (reentrâncias longitudinais que se prolongam por quase toda a extensão do tronco) à semelhança do alecrim (Holocalyx balansae), porém, menores, e com raízes tabulares. Fuste com até 12m de comprimento.
Ramificação: dicotômica, simpodial irregular. Copa estreita e alongada para cima, revestida de folhagem verde-clara por baixo, bastante densa,
Casca: com espessura de até 6 mm. A casca externa é preta ou marrom, com escamas pequenas e abundantes, que se desprendem em pedaços irregulares. A casca interna é rosa-suave, apresentando um exsudato no câmbio, cor de vinho, pouco abundante.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira da maria-preta é densa (0,75 a 0,94 g/cm³), a 15% de umidade (Mainieri, 1973; Stillner, 1980).
Cor: alburno pouco diferenciado do cerne; de coloração amarelo-parda a rosa-amarelada.
Características gerais: superfície lisa ao tato, brilho pouco acentuado; textura fina a mediana e homogênea; grã direita a oblíqua e irregular. Cheiro e gosto indistintos.
Secagem: esse processo deve ser lento para evitar problemas de deformação ou de rachadura e com tratamento anti-fúngico para evitar manchas (Celulosa Argentina, 1975).
Espécies Afins
Até há bem pouco tempo, o gênero Diatenopteryx Radlkofer era monoespecifico. Recentemente foi assinalada, na Chapada Diamantina, na Bahia, D. grazielae Vaz & Andreatta (Pinto et al., 1990).
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira da maria-preta pode ser usada em construção civil, carpintaria geral, caixas, carroçarias, implementos agrícolas, linhamentos, tabuado em geral, pisos, parquete, móveis finos, vigas, caibros, dormentes, revestimentos, chapas ou lâminas decorativas, cabos de ferramentas e objetos torneados.
Energia: é usada como lenha.
Celulose e papel: espécie inadequada para este uso.
Reflorestamento para recuperação ambiental: a espécie é recomendada na reconstituição de ecossistemas degradados, e na recuperação de matas ciliares, onde suporta inundação (Salvador, 1987; Durigan & Nogueira, 1990).
Ocorrência Natural
Latitude: 21º S (Minas Gerais) a 28º10' S (Rio Grande do Sul).
Variação latitudinal: de 150m no Paraná a 1.000m de altitude no Paraná e em Minas Gerais.