Madeiras brasileiras e exóticas
Jequitibá-rosa
Nome científico
Cariniana legalis
Descrição da árvore
Forma: árvore semicaducifólia, com 10 a 25m de altura e 60 a 100cm de DAP, podendo atingir excepcionalmente 60m de altura e 400cm de DAP, na idade adulta. É uma das maiores árvores da Região Sudeste.
Tronco: reto, cilíndrico e colunar. Fuste com até 20m de altura ou mais.
Ramificação: racemosa. Copa ampla e globosa, em forma de guarda-chuva. Folhagem densa e brilhante, com ramos horizontais, suporta muitas orquídeas e bromélias. As folhas novas são avermelhadas.
Casca: com espessura de até 50 mm. A casca externa é marrom-escura a parda, rugosa, rígida, profundamente sulcada. A casca interna é avermelhada.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira do jequitibá-rosa é moderadamente densa (0,50 a 0,65 g/cm³), a 15% de umidade (Pereira & Mainieri, 1957; Mainieri & Chimelo, 1989).
Cor: alburno pouco diferenciado do cerne, geralmente bege-claro. Cerne geralmente róseo-acastanhado ou bege-rosado, ou ainda bege-rosado-escuro, eventualmente com sombras pardacentas.
Características gerais: superfície irregularmente lustrosa e ligeiramente áspera ao tato; textura média e uniforme; grã direita. Cheiro e gosto imperceptíveis.
Durabilidade natural: baixa resistência ao ataque de organismos xilófagos, quando exposta em condições adversas.
Preservação: baixa a moderada permeabilidade às soluções preservantes, quando submetida à impregnação sob pressão.
Outras Características
• O fuste do jequitibá-rosa apresenta 76% de madeira e 24% de casca.
• A madeira tem aplicação semelhante à do cedro (Cedrela fissilis), sendo no entanto um pouco inferior.
• No inicio da década de 90, a madeira serrada de jequitibá-rosa valia, no mercado de Vitória, ES, cerca de US$ 750 o metro cúbico (Jesus et al., 1992).
Espécies Afins
Cariniana legalis é espécie afim de Cariniana estrellensis, da qual se separa por apresentar frutos e folhas menores.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira de jequitibá-rosa, pode ser usada em contraplacados, folhas faqueadas, compensados, laminados, móveis e armação, acabamentos internos, carpintaria, marcenaria, obras de interior, construção civil, em esquadrias, forro, tabuados em geral; fósforos, artigos escolares, caixotaria, saltos para sapatos, tonéis, tamancos, brinquedos e lápis, cabos de vassoura.
Energia: produz lenha de má qualidade.
Celulose e papel: esta espécie produz celulose para papel de boa qualidade, com um teor de celulose Cron Beran de 58,7% e teor de lignina de 24,2% (Biella, 1978). As fibras da pasta celulósica apresentaram um comprimento médio de 1,35 mm e largura média de 0,020 mm.
Resina: da casca extrai-se resina.
Substâncias tanantes: da casca extrai-se tanino.
Ocorrência Natural
Latitude: 7º S (Paraíba) a 23º S (São Paulo).
Variação latitudinal: de 30m no litoral das Regiões Sudeste e Nordeste a 1.000m de altitude, em São Paulo e Minas Gerais.