Madeiras brasileiras e exóticas
Ipê-roxo
Nome científico
Tabebuia heptaphylla
Descrição da árvore
Forma: árvore caducifólia, com 8 a 20 m de altura e 30 a 60 cm de DAP, podendo atingir até 35 m de altura e 150 cm de DAP. Na Região Nordeste, atinge até 11 m de altura.
Tronco: cilíndrico, reto a levemente tortuoso. Fuste com até 18 m de altura. Em Foz do Iguaçu, PR há um exemplar com 46 m de altura e 220 cm em DAP.
Ramificação: cimosa, tortuosa a irregular. Copa larga, mas esparsa ou paucifoliada com folhagem verde-escura.
Casca: com espessura de até 40 mm. A casca externa é grisácea a pardo-escura, rugosa, com fissuras longitudinais profundas e espaçadas formando arestas largas. A casca interna é amarelada, com tons róseos e abundantes fibras e lâminas muito distintas e fortes.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira do ipê-roxo é densa (0,90 a 1,07 g.cm³), a 15% de umidade (Hora & Zeeuw, 1979; Paula & Alves, 1997).
Cor: alburno é de coloração branco-amarelada ou creme. Cerne amarelo-escuro a marrom-oliva ou amarelo, até castanho-esverdeado.
Características gerais: textura fina, grã obliquo a entrelaçada, com aparência suave.
Durabilidade natural: alta durabilidade e resistente ao ataque de cupins.
Outras características: madeira com maleabilidade e resistência grandes, apresentando bom preço no mercado nacional.
Variação radial da estrutura anatômica da madeira dessa espécie pode ser encontrada em Lisi et al. (1999) e em Mattos (1999).
Espécies Afins
Essa espécie é extremamente próxima de Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex DC.) Stanl (ver Ipê-Rosa).
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira do ipê-roxo é usada em construção civil e naval, carpintaria, marcenaria, e na confecção de tacos de assoalho e de bilhar, pontes, parquet, vigas, postes, dormentes, mourões e em outras aplicações.
Energia: produz lenha de boa qualidade e é usada na fabricação de carvão (Conceição & Paula, 1986).
Celulose e papel: espécie inadequada para este uso. O comprimento das fibras varia de 0,60 mm a 1,14 mm.
Ocorrência Natural
Latitude: 13º S no Brasil, na Bahia, a 32º S no Uruguai. No Brasil, o limite Sul dá-se a 30º 03’ S no Rio Grande do Sul.
Variação latitudinal: de 50 m, no Rio Grande do Sul a 1.000 m de altitude, em Minas Gerais .