Madeiras brasileiras e exóticas
Corticeira
Nome científico
Erythrina falcata
Descrição da árvore
Forma: árvore caducifólia, com 10 a 20 m de altura e 30 a 70 cm de DAP, atinge 35 m de altura e 100 cm ou mais de DAP, na idade adulta.
Tronco: reto, seção cilíndrica, geralmente munido de nódulos e de acúleos. Fuste geralmente curto, com até 7 m de comprimento, atingindo na floresta até 15 m de comprimento.
Ramificação: racemosa, grossa, ascendente. Copa densifoliada, larga, arredondada, de folhagem verde-escura muito pronunciada e com os ramos grossos e aculeados
Casca: com espessura de até 20 mm. A casca externa é castanha-amarelada, com ritidoma finamente fissurado e descamação pulverulenta, com presença eventual de acúleos. A casca interna é amarelo-ferrugem (quase laranja) com estrias róseas a avermelhadas, textura fibrosa, e estrutura trançada.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira da corticeira é leve (0,20 a 0,39 g/cm3), a 15% de umidade (Wasjutin, 1958).
Cor: o alburno não se diferencia do cerne, de coloração branca-amarelada, variando até amarela-pardacenta.
Características gerais: textura grossa; grã direita.
Durabilidade madeira não durável.
Espécies Afins
Ocorrem cerca de 108 espécies de Erythrina Linn. em regiões tropicais e subtropicais do mundo (Krukoff & Barneby, 1974). Para o Brasil, são relacionadas cerca de doze espécies (Brandão, 1993). E. crista-galli L., conhecida principalmente por corticeira-do-banhado. É a espécie mais próxima de E. falcata, da qual separa-se facilmente pelo tamanho de sua inflorescência e por habitar várzeas úmidas.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira da corticeira, por apresentar baixa resistência mecânica é muito pouco utilizada no Brasil. Geralmente é usada para móveis rústicos, obras internas, pranchões, tacos e cepas para calçados, caixas, janelas, gavetas, estojos para instrumentos de precisão, armações de montaria, objetos ortopédicos, como mourões de cerca nos brejos e em esculturas. Segundo Reitz et al. (1983) poderia ser reflorestada com o tapiá (Alchornea triplinervia) para o fornecimento de tábuas para urnas funerárias por motivos econômicos.
Energia: lenha de péssima qualidade (Maixner & Ferreira, 1978).
Celulose e papel: espécie adequada para este uso. Comprimento da fibra de 1,36 mm e teor de lignina com cinzas de 28,68 (Wasjutin, 1958).
Ocorrência Natural
Latitude: 19º 14º S (Bahia) a 30º S (Rio Grande do Sul). O limite austral de sua distribuição dá-se no Morro do Osso, em Porto Alegre – RS (Possamai et al., 1998).
Variação latitudinal: de no Brasil, de 40 m, no Rio de Janeiro a 1.650 m de altitude em São Paulo. Na Bolívia, sua altitude varia de 1.600 a 3.300 m de altitude (Killean et al., 1993).