Madeiras brasileiras e exóticas
Cássia-rósea
Nome científico
Cássia grandis
Descrição da árvore
Forma: árvore caducifólia, com 10 a 15m de altura e 40 cm de DAP. As árvores maiores atingem dimensões próximas de 30m de altura e 100 cm de DAP, na idade adulta. É a maior espécie brasileira do gênero Cassia.
Tronco: cilíndrico e tortuoso. Fuste geralmente curto, no máximo 8m de comprimento.
Ramificação: cimosa e irregular. Copa larga, com cerca de 8m de diâmetro, com esgalhamento grosso e ramos com lenticelas.
Casca: com espessura de até 30 mm (Prance & Silva, 1975). A casca externa é marrom-acastanhada, áspera a levemente fissurada e com pouca descamação. A casca interna é vermelha-amarelada.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira da cássia-rósea é moderadamente densa (0,65 a 0,77 g/cm³), a 15% de umidade (Benitez Ramos & Montesino Lagos, 1988; Fonseca Filho, 1960).
Cor: o alburno é de coloração castanho-clara e o cerne café-amarelado, com veios escuros.
Características gerais: superfície com brilho mediano; textura grossa; grã entrecruzada. Cheiro e gosto imperceptíveis.
Durabilidade natural: variável, desde pouco durável a resistência moderada ao ataque de insetos (cupins de madeira seca e úmida).
Espécies Afins
Ocorrem quinze espécies nativas ou espontâneas do gênero Cassia L., nas Américas (Irwin, 1982). Cassia ferruginea (Schrad.) Schrad. ex DC, com ocorrência do Ceará ao Paraná é bastante conhecida por canafístula, separando-se de Cassia grandis por apresentar flores amarelas.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira da cássia-rósea pode ser usada na construção civil, principalmente em acabamentos internos, carpintaria, serraria, desdobro, forro, móveis rústicos, tabuado, vigas, postes, pequenas pontes, embarcações e cabo para ferramenta pesada.
Energia: lenha de qualidade aceitável. A madeira desta espécie é considerada boa para produção de carvão, álcool e coque, apresentando teor médio de lignina (Paula, 1980; 1982).
Celulose e papel: espécie inadequada para este uso.
Ocorrência Natural
Latitude: 20ºN (México) a 21ºS (Brasil, no Mato Grosso do Sul).
Variação altitudinal: de 10m no Pará a 400m de altitude, no Rio de Janeiro, no Brasil. A espécie atinge até 1.200m de altitude na América Central, em Honduras (Benitez Ramos & Montesinos Lagos, 1988).
Processamento
Comportamento durante a secagem
Moderadamente difícil a secagem ao ar livre, requerendo sombra e boa ventilação. Para a secagem convencional, são recomendados programas lentos.
Preservação
Facilidade: madeira moderadamente difícil de preservar pelos sistemas de banho quente-frio e pressão a vácuo.
Penetração: muito difícil penetração pelo método de aspersão.
Trabalhabilidade
Madeira moderadamente fácil de serrar, mas, difícil de cepilhar, lixar e de pregar. O acabamento não é muito bom, por apresentar grã entrecruzada; a resistência à extração de pregos é alta.