Madeiras brasileiras e exóticas
Angico branco
Nome científico:
Anadenanthera colubrina
Descrição da árvore
Forma: árvore perenifólia a semicaducifólia, com 10 a 20 m de altura e 30 a 60 cm de DAP, podendo atingir até 35 m de altura e 100 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: geralmente reto e mais ou menos cilíndrico. Fuste com até 12 m de comprimento.
Ramificação: cimosa, dicotômica, tortuosa e irregular. Copa umbeliforme, bastante ramificada, com esgalhamento grosso.
Casca: com espessura de até 20 mm. A casca externa é lisa branca-acinzentada a cinza-escura, áspera, provida de fendas finas longitudinais. A casca interna é levemente avermelhada.
Características da Madeira
Massa específica aparente a madeira do angico-branco é densa (0,80 a 1,10 g/cm3), a 15% de umidade (Mainieri, 1973).
Massa específica básica 0,52 g/cm3, aos cinco anos de idade.
Cor alburno e cerne castanhos, com reflexos dourados e com manchas largas quase pretas.
Características geraissuperfície lisa ao tato e lustrosa; textura média; grã irregular para reversa. Gosto levemente adstringente.
Espécies Afins
Os caracteres utilizados para restabelecer o gênero Anadenanthera Speg. são basicamente o fruto, do tipo folículo, e as sementes não aladas. As espécies deste gênero foram subordinadas, anteriormente, ao gênero Piptadenia Bentham (Lima, 1985). O angico-branco é muitas vezes confundido com o monjoleiro (Acacia polyphylla DC), do qual separa-se por não apresentar acúleos, e próximo de Anadenanthera colubrina var. cebil (ver Nº 3), principalmente quando o tronco deste não apresenta acúleos
Produtos e Utilizações
Madeira: serrada e roliça a madeira de angico-branco é indicada para tabuado, tacos, marcenaria, desdobro, obras internas, ripas, implementos, embalagens, construção civil e naval.
Energia: lenha e carvão de boa qualidade. Lignina com cinzas de 28% (Wasjutin, 1958). Segundo Ferretti et al.(1995), por ser uma árvore robusta, um exemplar chega a fornecer mais de 5 m3 de lenha.
Celulose e papel: espécie inadequada para este uso. Comprimento das fibras de 0,66mm (Wasjutin, 1958).
Ocorrência Natural
Latitude: 7º S (Piauí) a 25º 20' S (Paraná).
Variação: altitudinal de100 m, no Rio de Janeiro a 1.100 m de altitude, no Paraná e no Distrito Federal.