Madeiras brasileiras e exóticas
Alecrim
Nome científico:
Holocalyx balansae
Descrição da árvore
Forma: árvore perenifólia, com 5 a 10m de altura e 20 a 50cm de DAP, podendo atingir até 25m de altura e 100cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: raramente cilíndrico, tortuoso, irregular, com caneluras. Fuste curto com até 9m de comprimento.
Ramificação: dicotômica, irregular. Copa larga, com até 10m de diâmetro, geralmente arredondada e compacta.
Casca: com espessura de até 5 mm. A casca externa é cinza-escura, lisa quando jovem, tornando-se fissurada e com placas em exemplares muito velhos. A casca interna é esbranquiçada e fibrosa.
Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira do alecrim é densa (0,90 a 1,06 g/cm³), a 15% de umidade (Mainieri, 1970; Stillner, 1980).
Massa específica básica: 0,69 g/cm³.
Cor: alburno branco-amarelado claro. Cerne róseo-avermelhado, com tons amarelados ou pardo-amarelado a castanho, com numerosas estrias mais escuras, arroxeadas.
Características gerais: superfície lisa ao tato, brilho pouco acentuado; textura fina; grã direita ou irregular. Cheiro e gosto indistintos.
Durabilidade natural: alburno pouco durável, apesar de resistente; cerne com extraordinária resistência e durabilidade.
Outras características: presença de saliências e depressões na base do tronco, o que lhe confere perdas por ocasião do desdobro. O alecrim apresenta cerne reduzido e alburno abundante, por apresentar tronco irregular. Às vezes, constata-se falso cerne (coloração anormal no alburno).
Espécies Afins
O gênero Holocalyx M. Micheli é monoespecífico.
Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: a madeira do alecrim pode ser usada em marcenaria de luxo, tacos de bilhar, bengalas, construção pesada, tabuado, vigamento, caibros, dormentes, eixos, esquadrias, estacas, forro, móveis, mourões, postes, ripas, cabos de ferramenta e peças torneadas.
Energia: produz lenha e carvão de boa qualidade, queimando até verde; lignina e cinzas de 24,35% (Wasjutin, 1958).
Celulose e papel: espécie inadequada para este uso; comprimento das fibras de 0,74 mm (Wasjutin, 1958).
Ocorrência Natural
Latitude: 19º 30' S (Minas Gerais) a 28º S (Rio Grande do Sul).
Variação latitudinal: de 160m no Paraná a 1.000m de altitude em Minas Gerais.