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Madeiras brasileiras e exóticas

Pau-José

Pau-José

Taxonomia e Nomenclatura
Divisão: AngiospermaeClado: Eurosídeas I
Ordem: MalpighialesFamília: Salicaceae – Em Cronquist (1981), é classificada em Flacourtiaceae
Gênero: Banara
Binômio específico: Banara parviflora (A.Gray) Bentham – (A. Gray) Benth.
Primeira publicação: Bentham, Jour. Proc.Linn. Soc. Bot. 5 (Suppl 2): 91. 1861.
Sinonímia botânica: Kuhlia parviflora A. Gray(1854); Banara exechandra Briquet (1898), e Banara brasiliensis auct., non (Schott) Bentham(1930).
Nomes vulgares por Unidades da Federação: no Paraná, cabroé, cambroé, farinha-seca, pau-josé e sapopema-da-miúda; em Santa Catarina, cabroé-mirim, guaçatunga-amarela e guaçatunga-preta; e no Rio Grande do Sul, cambroé-mirim,canela-mole, farinha-seca, guaçantunga,guaçatunga, guaçatunga-preta, guaçatunga-preto,canela-mole, olho-de-pomba e olho-de-pombo.
Etimologia: o nome genérico Banara vem do nome indígena da planta na Guiana Francesa; o epíteto específico parviflora vem do latim parviflora, que significa“ flores pequenas”.

Clima
Precipitação pluvial média anual: de1.300 mm, no Rio Grande do Sul, a 2.300 mm, também no Rio Grande do Sul.
Regime de precipitações: as chuvas são uniformes.

Solos
Banara parviflora ocorre em solos de fertilidade média, com textura arenosa a franco-arenosa, e com altos teores de alumínio (Al). Sua ocorrência é comum em Cambis solo Húmico.

Tecnologia de Sementes
Colheita e beneficiamento: os frutos de pau-josé devem ser colhidos diretamente da árvore, quando iniciar a abertura. Em seguida, devem ser deixados ao sol, para completar a abertura e a liberação das sementes.

Produção de Mudas
Semeadura: como as sementes do pau-josé são pequenas, recomenda-se semeá-las em sementeiras e depois repicar as plântulas em sacos de polietileno com dimensões mínimas de20 cm de altura por 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno (tamanho médio). A repicagem deve ser feita 3 a 5 semanas após agerminação.
Germinação: é epígea e as plântulas são fanerocotiledonares. A emergência tem início20 a 40 dias após a semeadura. O poder germinativo é baixo, de 3% a 40%. As plantas atingem porte adequado para plantio, cerca de 4 meses após a semeadura. Cuidados especiais: durante a fase de viveiro, B. parviflora tolera sombreamento de intensidade média, pois a pleno sol, as plântulas se desenvolvem bem mais lentamente que as que permanecem na sombra.

Características Silviculturais
Banara parviflora é uma espécie de luz difusa, até heliófila e medianamente tolerante a geadas.
Hábito: o pau-josé apresenta forma tortuosa, sem dominância apical definida, com ramificação pesada, bifurcações e com multitroncos. Apresenta, também, derrama natural fraca, devendo sofrer podas frequentes (de condução e dos galhos). Essa espécie rebrota da touça, com a formação de vários brotos.
Sistemas de plantio: Banara parviflora se desenvolve melhor em plantios mistos e sobcobertura.

Crescimento e Produção
Há poucas informações sobre o crescimento do pau-josé, em plantios . Contudo, seu crescimento é lento.

Características da Madeira
Massa específica aparente (densidade aparente): madeira moderadamente densa(0,60 g cm-3)Cor: o alburno é pouco diferenciado do cerne e apresenta coloração esbranquiçada.
Características gerais: a madeira dessa espécie apresenta grã direita e superfície lisa aotato.

Produtos e Utilizações
Aproveitamento alimentar: os frutos do pau-josé produzem uma polpa adocicada.
Apícola: as flores dessa espécie são melíferas.
Celulose e papel: espécie inadequada para esse fim.
Energia: produz lenha de qualidade razoável.
Madeira serrada e roliça: a   Banara parviflora é empregada apenas localmente para pequenas obras de construção, como caibros e vigas.
Plantios com finalidade ambiental: essa espécie é muito importante para recuperação de ecossistemas degradados e restauração de ambientes fluviais ou ripários (matas ciliares).

Espécies Afins
O gênero Banara foi estabelecido por Aublet, em 1775. Atualmente, consta com 31 espécies dispersas desde o México até as Antilhas e a América do Sul, com limite austral no Uruguai, no Paraguai e norte da Argentina. Crescimento de Banara parviflora, em plantio misto, no Pa

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