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Madeiras brasileiras e exóticas

Suinã

Suinã

Taxonomia e Nomenclatura
Divisão: AngiospermaeClado: Eurosídeas I
Ordem: Fabales – Em Cronquist (1981),é classificada em Rosales
Família: Fabaceae – Em Cronquist (1981),é classificada em LeguminosaeSubfamília: Faboideae (Papilionoideae)
Gênero: ErythrinaTribo: Phaseoleae
Espécie: Erythrina speciosa Andr.
Primeira publicação: Bot. Repos. 7; Pl. 443,1806.Sinonímia botânica: Erythrina reticulata Presl.(1834); Micropteryx reticulatum Ktze (1891).

Clima
Precipitação pluvial média anual: de 800 mm, no Estado do Rio de Janeiro, a 3.200 mm, no litoral do Estado de São Paulo.
Regime de precipitações: chuvas uniformemente distribuídas, na quase totalidade da área, exceto em Minas Gerais, onde as chuvas são periódicas.

Solos
Erythrina speciosa prefere solos úmidos e parcialmente encharcados, bem como banhados.

Tecnologia de Sementes
Colheita e beneficiamento: o legume é colhido diretamente da árvore, quando está prestes a se abrir, ou no chão, após a queda. Em seguida, os frutos devem ser postos ao sol para secar e facilitar a abertura manual, para retirada das sementes.

Produção de Mudas
Semeadura: as sementes de Erythrina speciosa devem ser postas para germinar logo que colhidas, diretamente em recipientes individuais ou em canteiros de sementeiras. As plântulas devem ser mantidas em ambiente semi-sombreado. Quando necessária, a repicagem deve ser feita tão logo a plântula emitaa parte aérea.
Germinação: a morfologia inicial da plântulade suinã é epígeo-carnosa .Em estufa de sombrite, apresentou 97% de germinação. A germinação começa aos 2 dias, com a protusão da raiz primária branca e grossa. As plântulas produzem um tubérculo inicial que assegura grande resistência nos transplantes e evita possíveis danos causados por condições aéreas desfavoráveis

Características Silviculturais
Erythrina speciosa é uma espécie heliófila, que não tolera geadas no estágio juvenil.
Hábito: não apresenta derrama natural. As podas devem ser apenas de formação ou para eliminar brotos ladrões. Essa espécie brota intensamente da touça ou cepa. Sistemas de plantio: o suinã pode ser plantado em plantio misto, associado com espécies pioneiras e secundárias iniciais, principalmente para corrigir sua forma.

Crescimento e Produção
Há poucas informações de crescimento sobreo suinã, em plantios. Contudo, seu crescimento inicial em altura é rápido, alcançando 3 m aos 2anos

Características da Madeira
Massa específica aparente (densidade):a madeira do suinã é leve.
Outras características: a madeira dessa espécie é mole, porosa, e de baixa durabilidade natural.

Produtos e Utilizações
Apícola: por ser uma espécie melífera, o suinã torna-se ainda mais esplendoroso durante todo o período de floração, devido ao multicolorido constante das borboletas e dos pássaros (saíras, mariquitas e beija-flores) que ali encontram alimento Celulose e papel: Erythrina speciosa é uma espécie inadequada para esse uso.
Energia: essa espécie fornece lenha de péssima qualidade.
Madeira serrada e roliça: madeira sem valor comercial, tendo uso limitado pelas pequenas dimensões, podendo eventualmente ser aproveitada para caixotaria leve.
Paisagístico: o suinã é uma arvoreta ornamental, sendo cultivada em muitas cidades brasileiras, destacando-se Porto Alegre nos jardins paulistas e cariocas, devendo ser usada em grupo ou isolada .Recomenda-se fazer apenas as podas de condução, no início do cultivo; depois, deve-se limitar tão-somente a eliminar os galhos.
Plantio com finalidade ambiental: o suinã é indicado na recuperação de ecossistemas de solos alagadiços. O plantio dessa espécie em áreas com o solo permanentemente encharcado. Apesar de ser comumente encontrada em locais úmidos, pode ser cultivada, também, em locais secos. Essa espécie é excelente hospedeira para toda classe de orquídeas. A semeadura direta de sementes dessa espécie para restauração de ambientes fluviais ou ripários. Eles observaram que plântulas de E. speciosa, apesar de apresentar lento crescimento, emergiram abundantemente, podendo ser eficientes na ocupação de estratos inferiores do povoamento. Aos 90 dias após a semeadura, esses autores constataram, para essa espécie, cerca de 45% de indivíduos, a maior taxa de emergência entre as oito espécies selecionadas.

Espécies Afins
O gênero Erythrina L. compreende cerca de115 espécies distribuídas em todas as regiões tropicais do mundo, estendendo-se nas áreas quente-temperadas como no sul da África, nos Himalaias, e no sudeste dos Estados Unidos. As espécies de Erythrina ocorrem numa ampla variedade de habitat, desde o bosque tropical chuvoso de terras baixas a desertos sub tropicaismuito áridos, até bosques montanos, de coníferas acima de 3.000 m de altitude. Atualmente, são reconhecidos cinco subgênerose 26 seções na subdivisão taxonômica de Erythrina: 70 espécies são conhecidas nas Américas, 31 na África e 12 na Ásia e na Oceania. No Brasil, são encontradas cerca de 12 espécies.Erythrina speciosa caracteriza-se pela presençade acúleos no tronco, dorso de pecíolo, raquee, na nervura mediana dos folíolos, pelas inflorescências em racemos terminais; corola vermelha com o vexilo estreitamente elíptico, cerca de cinco vezes mais longo do que largo efruto tipo legume.
Esses caracteres separam E. specia de E. verna, esta última geralmente com acúleos presentes apenas no tronco; inflorescências em pseudo-racemos axilares; corola laranja-avermelhada com o vexilo amplo-elíptico cerca de 1,5 vez maislongo do que largo e fruto tipo folículo. Erythrina speciosa possui a variedade rósea N. Mattos, baseada em planta nativa do litoral do Estado de São Paulo, a qual tem flores rosa-claras. Há, também, a variedade alba N. Mattos, rara, encontrada apenas em cultivo na cidade de São Paulo. Suas flores são totalmente brancas.

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