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Madeiras brasileiras e exóticas

Mandiocão-do-Cerrado

Mandiocão-do-Cerrado

Taxonomia
Divisão: AngiospermaeClado: Euasterídeas IIOrdem: Apiales – Em Cronquist (1981),é classificada em Umbelales
Família: AraliaceaeGênero: Schefflera
Espécie: Schefflera macrocarpa (Cham.& Schltdl.) Frodin
Primeira publicação: in Dubs, Prodr. Fl.Matogrossense: 25. 1998.
Sinonímia botânica: Didymopanaxmacrocarpus (Cham. & Schltdl.) Seem (1868);Didymopanax marginatum Decne. et Planch.(1854); Panax macrocarpum Cham. et Schlecht.(1826).
Nomes vulgares por Unidades da Federação: no Distrito Federal, fruto-de-tucano,mandiocão e mandiocão-do-cerrado; em Goiás,fruto-de-tucano e tucaneiro; em Minas Gerais, chapéu-de-frade, mandiocão, mandioqueira e pau-caixeta; e no Estado de São Paulo, chapéu-de-frade, mandiocão e mandioqueiro-açu.Etimologia: o nome genérico Schefflera é uma homenagem ao botânico dinamarquêsC. Scheffler ; o epítetoespecífico macrocarpa vem do grego macro(grande) + carpon (fruto).
O nome vulgar mandiocão é porque as folhas dessa espécie assemelham-se às da mandioca.

Clima
Precipitação pluvial média anual: de 1.000 mm, em Minas Gerais, a 1.800 mm,em Goiás.
Regime de precipitações: chuvas periódicas.

Solos
Schefflera macrocarpa ocorre, naturalmente, emsolos de fertilidade baixa, de textura argilosa e bem drenados.

Tecnologia de Sementes
Colheita e beneficiamento: os frutos do mandiocão-do-cerrado devem ser colhidos quando mudam de coloração, passando do verdea o vermelho-vinoso. Em seguida, devem ser lavados e macerados em peneira fina. Depois, devem ser expostos ao sol, para secagem.

Produção de Mudas
Semeadura: recomenda-se semear as sementes dessa espécie em sementeiras e depois fazer repicagem em sacos de polietileno ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio.
Germinação: é epígea ou fanerocotiledonar. Na semeadura com sementes tratadas, a emergência inicia a partir de 45 dias; com sementes não-
363tratadas, a emergência tem início 9 semanas após a semeadura. O poder germinativo é baixo (até 2%). As mudas atingem porte adequado para plantio aos 8meses, após a semeadura.

Características Silviculturais
Schefflera macrocarpa é uma espécie heliófila, que não tolera baixas temperaturas.
Hábito: apresenta forma de fuste variável, desde crescimento monopodial até ocorrência de bifurcações. Uma característica importante dessa espécie é a ausência de ramos lenhosos nos estágios iniciais de desenvolvimento, sendo as folhas unidas diretamente ao tronco através dos pecíolos.

Crescimento e Produção
Existem poucas informações sobre o mandiocão-do-cerrado, em plantios. Desconhece-se seu ritmo de crescimento.

Características da Madeira
Massa específica aparente (densidade):a madeira do mandiocão-do-cerrado é moderadamente densa − 0,76 g.cm-3 .
Massa específica básica (densidade):0,68 g.cm-3 (VALE et al., 2001).Cor: o cerne e o alburno não são diferenciados.
Ambos são de coloração branco-encardida ou branco-acinzentada, uniforme.
Características gerais: textura média e grã direita.
Outras características: madeira de baixa resistência e suscetível ao apodrecimento e ainsetos xilófagos.

Produtos e Utilizações
Apícola: espécie com potencial apícola, fornecendo néctar e pólen.
Energia: produz lenha e de carvão. O rendimento do carvão vegetal é de 32,2%; o teor de carbono fixo é de 77,1% e o poder calorífico superior é de7.741 kcal/kg .Madeira serrada e roliça: a madeira do mandiocão-do-cerrado é empregada apenas para confecção de embalagens (caixas), brinquedos, carretéis, miolo de portas e painéis.
Medicinal: na medicina popular, essa espécie é usada como analgésico
.Paisagístico: árvore com potencial ornamental. Por seu porte alto e esguio, pode ser usada em arborização de praças e de estradas.
Plantios com finalidade ambiental: os frutos do mandiocão-do-cerrado são suculentos e avidamente consumidos por várias espécies de pássaros. Por isso e por seu rápido crescimento, essa espécie é ótima para plantios heterogêneos destinados à restauração de áreas degradadas de preservação  permanente.

Espécies Afins
A delimitação atual de Schefflera J. R. Forst.& G. Forst. abrange cerca de 650 espécies descritas e uma série de outras ainda inéditas.  Sua distribuição geográfica é Pantropical, tendo como centros de diversidade as formações montanhosas dos Andes, o Sudeste da Ásia e da Malásia, Madagascar, na África, na Nova Caledônia, na Oceania, e no Planalto das Guianas. Das quase 300 espécies neotropicais, mais ou menos 45 são nativas do Brasil. Scheffera macrocarpa pode ser facilmente reconhecida, mesmo quando estéril, pela presença de denso indumento ocráceo-viloso persistente na face abaxial dos folíolos. Essa espécie assemelha-se a S. malmei (Harms)Frodin, cujos folíolos são obovais e subsésseis e a distribuição geográfica é mais ocidental (no oeste do Estado de São Paulo, em Mato Grosso do Sul, em Mato Grosso e em Goiás).

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