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Madeiras brasileiras e exóticas

Jatobá-Mirim

Jatobá-Mirim

Taxonomia e Nomenclatura
Divisão: AngiospermaeClado: Eurosídeas I
Ordem: Fabales – Em Cronquist (1981),é classificada em Rosales
Família: Fabaceae – Em Cronquist (1981),é classificada em LeguminosaeSubfamília: CaesalpinioideaeTribo: Detarieae
Espécie: Guibourtia hymenaeifolia (Moric.) J.LéonardGênero: Guibourtia
Primeira publicação: in Bulletin du Jardin Botanique de l’ État 19: 401. 1949.“hymenaefolia”.
Sinonímia botânica: Copaifera hymenaeifoliaMoric. (1833); Copaiba hymenaeifolia (Moric.)Kuntze (1891); Pseudocopaiva hymenaefolia(Moric.) Britt. & P. Wilson (1929).
Nomes vulgares por Unidades da Federação: em Mato Grosso do Sul, copaíba-mirim, copaibeira e jatobá-mirim.
Nomes vulgares no exterior: na Paraguai,curumãy.Etimologia: o nome genérico Guibourtia é de origem desconhecida; o epíteto específico hymenaeifolia deriva pelo fato dessa espécie ter folhas semelhantes às do gênero Hymenaea.

Clima
Precipitação pluvial média anual: de1.000 mm em Minas Gerais a 1.700 mm, em Mato Grosso do Sul.
Regime de precipitações: chuvas periódicas.

Solos
Guibourtia hymenaeifolia  ocorre, preferencialmente, em terrenos secos de aclives suaves sobre solos calcários, de fertilidade alta e bem drenados.

Tecnologia de Sementes
Colheita e beneficiamento: os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore, quando iniciarem a abertura e a queda espontâneas, ou no chão, logo após a queda. Em seguida, devem-se deixá-los secar à sombra, até completar sua abertura e liberação das sementes.

Produção de Mudas
Semeadura: recomenda-se semear em sementeiras, para posterior repicagem, ou duas sementes em sacos de polietileno com dimensões mínimas de 20 cm de altura e 7 cm de diâmetro, ou em tubetes de polipropileno de tamanho médio. A repicagem deve ser feita de 2 a 4semanas após a germinação.
Germinação: é epígea-carnosa ou fanerocotiledonar. A emergência tem início de28 a 35 dias após a semeadura. Geralmente, a germinação é baixa, até 50%. As mudas crescem lentamente, estando prontas para plantio cerca de 9 meses após a semeadura. 

Características Silviculturais
O jatobá-mirim é uma espécie heliófila até esciófila, medianamente tolerante ao frio.
Hábito: apresenta crescimento simpodial com fuste principal não claramente evidenciado e forte ramificação lateral. Sua derrama natural é deficiente, necessitando de poda frequente e periódica, de condução e dos galhos. Apresenta brotação da touça ou cepa.
Sistemas de plantio: essa espécie pode ser plantada em plantio misto a pleno sol, associado com espécies pioneiras.

Crescimento e Produção
Há poucas informações sobre o crescimento do jatobá-mirim em plantios. Contudo, seu crescimento é lento. Aos 8 anos de idade, essa espécie apresentou um incremento médio anual em volume de 0,80 m 3.ha -1.ano -1.

Características da Madeira
Massa específica aparente (densidade): amadeira do jatobá-mirim é densa (1,00 g.cm -3),a 15% de umidade.
Cor: o alburno é róseo-claro e o cerne é róseo-castanho.
Características gerais: textura média, e uniforme, e grã direita.
Outras características: quando protegida das intempéries, essa madeira é dura ao corte, de boa resistência mecânica e muito durável.

Produtos e Utilizações
Celulose e papel: o jatobá-mirim não é recomendado para esse uso.
Energia: lenha de boa qualidade.
Madeira serrada e roliça: a madeira dessa espécie é indicada para construção civil, na confecção de mobiliário de luxo, de esquadrias, batentes de portas e de janelas. É aproveitada ainda para tacos e tábuas de assoalho.
Paisagístico: a árvore possui atributos ornamentais que a recomendam para arborização paisagística.
Plantios com finalidade ambiental: essa espécie é indicada para restauração de ambientes fluviais e ripários, em áreas não sujeitas a alagamentos periódicos, e em áreas de preservação permanente.

Espécies Afins
O gênero Guibourtia J. J. Bennett compreende cerca de 16 espécies, sendo 13 distribuídas na África e 3 na América do Sul. Guibourtia chodatiana (Hassler) J. Léonard, conhecida por curunai, se assemelha muito com Guibourtia hymenaeifolia, ocorrendo no Brasil e no Paraguai.

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