Madeiras brasileiras e exóticas
Uva-do-Japão
Outros nomes:
banana-do- japão (SC), caju-do-japão, (RJ), mata-fome (SP), pau-doce (MG) e chico-magro (SP)
Ocorrência natural:
ocorre naturalmente entre 25º e 41º N e 100º e 142º L. A espécie é largamente cultivada no Sul do Brasil, de forma isolada ou em pequenos talhões.
Descrição da Árvore:
A árvore é caducifólia, comumente com 10 a 15 m de altura e 20 a 40 cm de diâmetro, a 1,30 m do solo (DAP), podendo atingir 25 m de altura e 50 cm de DAP no sul do Brasil. O tronco geralmente é reto e cilíndrico, apresentando fuste com até 8 m de comprimento. Possui ramificação dicotômica, com copa globosa e ampla, com ramos pubescentes enquanto jovens. Apresenta gemas dormentes subcorticais, rebrotando intensamente da touça, podendo ser manejada por talhadia, com rotações previstas de 10 a 15 anos, na Argentina. Na bacia do Rio Uruguai, nos Estados de Santa Catarina.
Características da Madeira:
Densidade básica
A densidade básica foi determinada pelo método da balança hidrostática (Norma ABCP M 14/70).
Retratibilidade
Para os estudos de retratibilidade, os corpos de prova foram confeccionados de acordo com as normas ISO 4469-1981 e 4858-1982. Foram determinadas a contração volumétrica total, as contrações lineares, nos sentidos longitudinal, radial e tangencial, assim como o coeficiente de anisotropia, expresso pela relação entre as retratibilidades tangencial e radial.
Composição química
Os teores de extrativos totais foram obtidos pela norma ABCP M3/69; os de lignina pela norma ABCP M 10/71 e os de holocelulose, pela diferença entre a soma dos dois primeiros e o total (100%).
Poder calorífico superior
As amostras foram transformadas em serragem, em moinho tipo Wiley. O poder calorífico superior foi, então, determinado pelo método da bomba calorimétrica.
Determinação das dimensões das fibras
As amostras foram preparadas e submetidas ao processo de maceração em solução macerante constituída por uma mistura de ácido nítrico e ácido acético, conforme procedimentos descritos por Barrichelo e Foelkel (1982), para a individualização dos elementos anatômicos da madeira. Uma vez individualizadas, as fibras foram medidas utilizando câmara clara e mesa digitalizadora, como descrito por Schaitza et al. (1998). Em cada amostra, foram medidos os comprimentos de 30 fibras.
Usos e aplicações
Pode ser empregada em obras de marcenaria e carpintaria e, também, para vigas, caibros, forro e assoalho. Para lenha, é considerada de boa qualidade, queimando mesmo verde.