Madeiras brasileiras e exóticas
Mogno Africano
Ocorrência
Natural na África Ocidental, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria e Sul de Camarões.
Características
É uma árvore de porte elevado, caducifólia (cai as folhas na seca) nos climas áridos, atingindo na natureza alturas de 40 m a 50 m e DAP (diâmetro na altura do peito) de até 200 cm. O caule é retilíneo, isento de ramificações até 30 m de altura e o sistema radicular tabular é bastante vasto. É uma planta heliófila, tolerante a sombra durante a fase jovem, o que possibilita seu plantio consorciado com espécies já estabelecidas, em produção ou mesmo em fim de ciclo.
O Mogno Africano tem uso comercial bastante diversificado, devido às características tecnológicas e à beleza da madeira. A madeira é de elevada durabilidade, fácil de trabalhar e secar, porém de difícil impregnação. O alburno tem coloração marrom-amarelada e o cerne marrom-avermelhado.
Alem de ter rápido crescimento, Khaya ivorensis tem o fuste mais retilíneo, isento de ramificações até a uma maior altura. Exigem precipitações anuais acima de 1.200 mm.
Khaya senegalensis, é mais resistente a seca, tende a entortar mais, ramificando mais cedo, em menor altura, apresentando desenvolvimento mais lento. É indicado para regiões com déficit hídrico muito acentuado, índice pluviométrico abaixo de 800 mm.
Destas espécies, a mais procurada no mercado internacional, por sua beleza, qualidade e características da madeira é o Mogno Africano de espécie Khaya ivorensis.
Solo
O Mogno Africano não tem alta exigência em fertilidade do solo, desenvolvendo-se bem em solos profundos, de textura média. Ele tem se desenvolvido igualmente bem em Latossolos corrigidos, podendo ser plantado em vastas áreas de ocorrência de cerrados.
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Clima
No Brasil o Mogno Africano tem se mostrado bem adaptado a altitudes de 100 a 1.200 metros, índice pluviométrico entre 1.200 e 2.400 mm ao ano e distribuição geográfica Norte/Sul que vai do Pará a Santa Catarina.
Sua faixa de adaptação ao clima é mais abrangente do que a da Teca e do Cedro Australiano e menos exigente em fertilidade de solo.
Pragas
Não existem relatos de pragas que causem danos relevantes ao Mogno Africano.
As espécies do gênero Khaya são resistentes ao ataque da Broca do Broto Terminal (Hipsipyla grandella), praga que inviabilizou os plantios comerciais do Mogno Brasileiro (Swietenia macrophylla) no Centro Oeste e Norte do país. Seu controle é difícil, caro, de longo prazo e normalmente ineficiente.
Temos registrado ocorrências de ataques da abelha cachorro ou arapuá em plantios de mogno, causando injurias no broto apical das plantas. Seu controle é relativamente simples, normalmente feito com a remoção das colméias ou com a pulverização de produtos de cheiro forte, que atuam como repelentes.
Doenças
No Brasil o Mogno Africano não tem registro doenças que causem dano econômico.
Espaçamento
Plantio com 5x5m, com 400 plantas por ha. Em áreas irrigadas 6x4 m, com 417 plantas por ha. Nossa equipe pode avaliar o espaçamento da sua área de plantio por você. Entre em contato agora!
Desempenho de cultura
Em boas condições de solo, clima e manejo estima-se produtividade em torno de 40m³/ha/ano (20 m³ de madeira serrada). Em áreas irrigadas a produtividade tem se mostrado ate 50% superior.
Idade de Corte
Em boas condições de plantio e manejo, espera-se um corte de raleamento, com aproveitamento comercial aos 10 anos, e corte raso aos 15 anos.
Usos
O Mogno Africano é usado em movelaria, faqueado, construção naval e em sofisticadas construções interiores. O mercado europeu, seu maior consumidor importa, principalmente, a madeira da espécie Khaya ivorensis.
Font: Bela Vista