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Madeiras paraguaias e exóticas

Tatajyva

Nome Científico:
Maclura tinctoria

Descrição da árvore
Forma: árvore semicaducifólia, com 10 a 20m de altura e 40 a 60cm de DAP, podendo atingir até 37m de altura e 100cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: raramente reto, geralmente tortuoso e de forma irregular. Fuste curto, com até 10m de altura. A taiúva apresenta raízes tabulares bem desenvolvidas. Os troncos, quando feridos exsudam látex. O tronco é armado com abundantes espinhos na base e nas extremidades dos galhos, às vezes duplos, de 3cm de comprimento.
Ramificação: dicotômica. Copa larga, irregular, com gemas cobertas de estípulas pontiagudas, esverdeadas, com 5 mm de comprimento.
Casca: com espessura de até 15 mm. A casca externa é cinza-clara a amarela-esverdeada, lisa a levemente fissurada e com lenticelas. A casca interna é alaranjada a esbranquiçada; textura arenosa e levemente amarga. Quando cortada, exsuda látex amarelo e resina branco-amarelada.

Características da Madeira
Massa específica aparente: a madeira da taiúva é densa (0,76 a 0,97 g/cm³), a 15% de umidade (Boiteux, 1947; Pereira & Mainieri, 1957; Celulosa Argentina, 1975; Mainieri & Chimelo, 1989; Paula & Alves, 1997; Ibama, 1997). Little Junior & Dixon (1983) relataram para madeira proveniente do Equador, uma densidade específica de 1,15 g/cm³ quando verde e 0,68 g/cm³ quando secada em estufa.
Cor: alburno diferenciado do cerne, branco-amarelado. Cerne amarelo-dourado e depois castanho-claro-amarelado, ou mesmo castanho com exposição ao ar.
Características gerais: superfície lisa ao tato e lustrosa; textura média; grã revessa. Cheiro e gosto imperceptíveis.
Durabilidade natural: alta resistência ao ataque de organismos xilófagos.
Preservação: baixa permeabilidade às soluções preservantes, quando submetida a tratamentos sob pressão. O cerne não é tratável com creosoto (óleo solúvel) e nem com CCA-A (hidrossolúvel) (Ibama, 1997).

Espécies Afins
O gênero Maclura Nuttall, composto de onze espécies espalhadas por partes tropicais da África e da Ásia, produtoras de madeira valiosa para construção e carpintaria, entre elas, M. excelsa Benth. e Hook e M. regia. Três dessas espécies ocorrem na América, desde os Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, além de M. tinctoria ocorre M. brasiliensis (Martius) Endlicher. Outra espécie importante dessa Família:, também conhecida por tatajuba, é Bagassa guianensis Aubl., comum no Baixo Amazonas e nas Guianas, em terra firme.

Produtos e Utilizações
Madeira serrada e roliça: por suas características físicas e mecânicas, a madeira de taiúva é indicada para a fabricação de móveis, revestimentos decorativos e peças torneadas; em construção naval, como piso de convés e degraus de escadas; em construção civil, como vigas, caibros, ripas, tábuas e tacos para assoalhos, pisos industriais, marcos de portas e janelas; carpintaria, carroçaria, parquete, marcenaria de luxo; construções externas, postes, esteios, mourões, vigamentos de pontes, dormentes e cruzetas.
Energia: lenha de boa qualidade, com boa combustão, mas não é de fácil transformação em achas.
Celulose e papel: espécie inadequada para esse uso (Wasjutin, 1958).
Matéria tintorial: da madeira, extraí-se corantes e pigmentos. É o famoso pau-de-cores, outrora procurado pelos corsários franceses, que visitavam o litoral cearense, no século XVII (Braga, 1976).

Ocorrência Natural
Latitude: 26º N (México) a 30º S (Brasil, no Rio Grande do Sul).
Variação latitudinal: de 30m litoral do Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a 1.200m de altitude, no Distrito Federal.
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